O fundador de 75 anos do Apple Daily, um jornal crítico do Governo chinês e que foi forçado a fechar, devia ir a julgamento este mês por "conluio com forças estrangeiras", uma violação da drástica lei de segurança nacional imposta por Pequim, na sequência dos protestos pró-democracia de 2019.
Lai incorre numa sentença de prisão perpétua.
O julgamento, que já tinha sido adiado no início deste mês, voltou a ser adiado devido a disputas legais sobre a defesa de Lai, que quer ser defendido pelo advogado britânico Tim Owen.
Owen, um proeminente advogado britânico, já trabalhou anteriormente em Hong Kong em casos de grande visibilidade.
O governo da região tinha argumentado em tribunal que deixar advogados estrangeiros litigar em casos de segurança nacional era arriscado por não existir forma de garantir a confidencialidade dos segredos de Estado.
No entanto, os juízes concordaram com a escolha de Owen e decidiram repetidamente contra o governo.
As autoridades de Hong Kong apelaram a Pequim para intervir e decidir, mas ainda não receberam uma resposta, disse o procurador de segurança nacional Anthony Chau ao Tribunal Superior da região.
Enquanto se aguarda uma resposta de Pequim, os juízes decidiram adiar o início do julgamento para 25 de setembro de 2023.
Jimmy Lai está já a cumprir uma série de sentenças relacionadas com o seu envolvimento em protestos pró-democracia. No sábado, foi novamente condenado a cinco anos e nove meses de prisão por fraude.
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