EUA sancionam responsáveis chineses por violações de direitos humanos

O Departamento do Tesouro dos EUA anunciou hoje que vai impor sanções a autoridades chinesas por abusos dos direitos humanos no Tibete, uma região onde Pequim é acusada de repressão, bem como por pesca ilegal.

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Lusa
09/12/2022 17:28 ‧ 09/12/2022 por Lusa

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O Governo norte-americano anunciou o congelamento dos bens de Wu Yingjie, que foi o líder nomeado por Pequim para o Tibete entre 2016 e 2021, e de Zhang Hongbo, chefe da polícia desta região dos Himalaias desde 2018 e presumivelmente ainda no cargo, devido a acusações de tortura e execução de prisioneiros, bem como por esterilizações forçadas.

As medidas ocorrem num momento de relativo alívio das tensões entre Pequim e Washington, após a reunião entre os presidentes Joe Biden e Xi Jinping, em Bali, no mês passado, quando os dois líderes concordaram em fortalecer o diálogo entre os seus países.

Wu Yingjie prosseguiu uma política de denominada "estabilidade" no Tibete que resultou em "graves violações dos direitos humanos, incluindo execuções extrajudiciais, violência física, detenções arbitrárias e detenções em massa", acusa o Departamento de Tesouro dos EUA, no comunicado.

"Outros abusos durante o mandato de Wu incluíram esterilização forçada, abortos forçados, restrições às liberdades políticas e religiosas e tortura de prisioneiros", acrescenta o documento.

A China interveio militarmente no Tibete em 1951 após quatro décadas de independência desta região do "teto do mundo", após a queda do Império Chinês.

Apesar de Pequim reclamar vários benefícios trazidos para a região, muitos tibetanos acusam o Governo chinês de repressão religiosa e cultural e acusam a China de trazer para o Tibete migrantes de outras partes do país.

O Departamento do Tesouro anunciou ainda sanções para um grupo de empresas e pessoas ligadas a operações de pesca ilegal e por abusos dos direitos humanos em águas chinesas.

Uma empresa é acusada de manter condições de trabalho tão perigosas que cinco trabalhadores morreram após 13 meses no mar, com três dos corpos dos trabalhadores a terem sido atirados para o mar, em vez de serem repatriados.

A empresa de pesca registada nas Ilhas Cayman, Pingtan Marine Enterprise, Ltd., que mantém barcos com bandeira da China e tem ações negociadas em bolsa, foi identificada pelo departamento de Controlo de Ativos Estrangeiros, para que lhe sejam aplicadas sanções.

O Governo norte-americano também acusa dois indivíduos, Li Zhenyu e Xinrong Zhuo, e outras empresas de se dedicarem à pesca ilegal não declarada.

A pesca ilegal não declarada está associada à pesca em águas distantes, onde os barcos pescam em zonas de controlo de outros países ou águas internacionais.

Leia Também: Washington sanciona empresas chinesas, uma delas cotada no Nasdaq

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