No Irão têm ocorrido manifestações constantes pela morte, a 16 de setembro, de Mahsa Amini, uma curda iraniana de 22 anos que tinha sido presa pela polícia por infrações ao código de vestuário obrigatório pela República Islâmica e que obriga as mulheres a usarem o véu em público.
Segundo as autoridades, que encaram os protestos como tumultos, morreram mais de 200 pessoas e milhares foram presas desde setembro, incluindo 11 pessoas que foram condenadas à morte.
Na quinta-feira, pela primeira vez, um homem de 23 anos condenado à pena capital pelo envolvimento nas manifestações foi enforcado, provocando o protesto e indignação no estrangeiro.
Hoje várias organizações não-governamentais já alertaram que as autoridades de Teerão vão levar a cabo mais execuções.
"O Irão demonstrou grande contenção", disse o ministério através de um comunicado difundido na quinta-feira à noite.
"Contrariamente aos numerosos regimes ocidentais que reprimem de forma violenta mesmo as manifestações pacíficas, o Irão utiliza métodos anti-tumultos de forma regrada (...) O mesmo se se diz dos processos judiciais", acrescenta a mesma nota.
De acordo com a diplomacia iraniana, a segurança pública "é uma linha vermelha" e denuncia "agressões armadas" e "atos de vandalismo".
"Em vez de proferir mentiras com motivações políticas, o 'Ocidente' deveria deixar de apoiar e encorajar os terroristas", acrescenta o ministério.
Teerão acusa frequentemente os Estados Unidos e os países aliados de Washington de serem os instigadores deste movimento de protesto sem precedentes, chamando "terroristas" aos opositores iranianos que se refugiaram no estrangeiro.
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