As populações de todos os países têm o direito de "expressar a sua frustração" manifestando-se de forma pacífica, declarou Blinken à estação televisiva norte-americana NBC.
"Quando vemos o Governo tomar medidas de repressão maciça para o impedir, isso não é um sinal de força, mas um sinal de fraqueza", sustentou, questionado sobre a situação na China.
Blinken, que participou na Roménia numa reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da NATO (Organização do Tratado do Atlântico-Norte, bloco de defesa ocidental), pretende visitar no próximo ano a China, com quem os Estados Unidos vivem momentos de tensão particularmente forte.
Sobre a política "covid-zero" adotada pelas autoridades chinesas, o chefe da diplomacia norte-americana afirmou: "Não é uma coisa que fizéssemos nos Estados Unidos", que preferem concentrar-se nas vacinas, nos testes e nos tratamentos.
"A China deve encontrar uma forma de avançar na sua gestão da covid-19, uma maneira que permita responder às necessidades da saúde, mas também às necessidades da população", acrescentou.
As autoridades chinesas estão a confrontar-se com um movimento de contestação nacional contra as restrições sanitárias de combate à pandemia que é o mais extenso desde as mobilizações pró-democracia de 1989.
O Presidente norte-americano, Joe Biden, que se reuniu com o seu homólogo chinês, Xi Jinping, em novembro em Bali, disse na segunda-feira estar "a acompanhar" de perto as manifestações na China.
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