"Nos dias 25 e 26 de novembro, os diálogos entre o Governo de Maduro e a oposição venezuelana vão ser reiniciados", disse o chefe de Estado colombiano no Twitter, sem dar mais detalhes.
O diálogo, que acontecia desde agosto de 2021 no México, foi suspenso três meses depois por uma decisão oficial, em protesto pela extradição do empresário colombiano Álex Saab -- alegado testa de ferro de Maduro -- para os Estados Unidos.
O Presidente colombiano participou em conversas anteriores realizadas há algumas semanas em Paris, no Fórum Mundial da Paz, que também contou com a presença dos chefes de Estado da Argentina, Alberto Fernández, e de França, Emmanuel Macron.
Também participaram os ministros dos Negócios Estrangeiros da Colômbia, Álvaro Leyva Durán, e da Noruega, Anniken Huitfeldt, bem como o chefe da delegação venezuelana para o diálogo, Jorge Rodríguez, e o representante da oposição, Gerardo Blyde.
Após a reunião em Paris, Petro disse que o desbloqueio da Venezuela e uma amnistia geral para as eleições que poderiam ser realizadas em 2014 seriam fundamentais para revitalizar a mesa de diálogo.
Desde que Petro tomou posse como chefe de Estado da Colômbia, a relação com a Venezuela mudou e os dois países reataram relações diplomáticas cortadas em fevereiro de 2019.
Na segunda-feira passada, o Governo colombiano e os guerrilheiros do Exército de Libertação Nacional (ELN) montaram uma mesa de diálogo em Caracas para retomar as negociações de paz que estavam suspensas há quatro anos e quatro meses.
Nesta nova etapa de negociações, Cuba e Noruega voltam a ser países fiadores junto com a Venezuela, que desempenha um papel crucial pela sua proximidade com a Colômbia e porque membros da guerrilha refugiam-se no seu território há anos, segundo as autoridades colombianas.
Leia Também: Cinco polícias acusados de homicídio na Colômbia por permitirem agressões