Três centrais nucleares foram desligadas da rede após ataques russos
Três centrais nucleares ucranianas foram desligadas hoje da rede elétrica depois de ataques russos que atingiram as infraestruturas de energia e provocaram graves falhas de energia, anunciou a operadora nacional Energoatom.
© Reuters
Mundo Ucrânia/Rússia
"Devido a uma falha na frequência no sistema de energia ucraniano, o sistema de proteção de emergência foi ativado nas centrais nucleares de Rivne, Pivdennoukrainsk e Khmelnitsky, o que levou à desconexão automática de todas as unidades geradoras", afirmou a Energoatom na rede social Telegram.
A Rússia tem vindo a atacar a rede elétrica e outras instalações com mísseis e 'drones' há várias semanas, aparentemente com o objetivo de transformar o frio e a escuridão do inverno numa arma contra a Ucrânia.
De acordo com a operadora ucraniana, "(o nível) de radiação nos locais e territórios adjacentes não mudou", explicando que "todos os indicadores estão normais".
"Logo que a operação do sistema elétrico for normalizada, o fornecimento de energia elétrica da central nuclear será retomado", garantiu a Energoatom.
A operadora também indicou que o fornecimento da central nuclear de Zaporíjjia (Zaporizhzhya) , a maior da Europa, localizada no sul da Ucrânia e ocupada pelas forças russas, foi interrompida na rede ucraniana.
"Todos os geradores a 'diesel' (de emergência) estão em operação. O nível de radiação na central nuclear de Zaporíjia permanece normal", assegurou a empresa.
A central de Zaporíja foi privada de energia por várias vezes desde o início da invasão russa, em fevereiro, após ataques pelos quais Kiev e Moscovo se acusam mutuamente.
A central de Pivdennoukraïnsk, no sul, também foi afetada por um ataque de mísseis que caíram a algumas centenas de metros da unidade, em setembro.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,7 milhões para países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa -- justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
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