O Papa Francisco recebeu, nesta segunda-feira, no Vaticano, o arcebispo-mor Sviatoslav Shevchuk, líder da Igreja Greco-Católica ucraniana, reforçando a proximidade ao “martirizado povo” da Ucrânia, fustigado pelas ofensivas russas que iniciaram a 24 de fevereiro.
Esta foi a primeira viagem do arcebispo-mor fora da Ucrânia nos últimos nove meses, garantindo Sviatoslav Shevchuk que prefere manter-se em Kyiv, perto da população ucraniana.
“A guerra na Ucrânia é uma guerra colonial e as propostas de paz que vêm da Rússia são propostas de pacificação colonial [...] e que implicam a negação da existência do povo ucraniano, da sua história, cultura e também da nossa Igreja", atacou o arcebispo-mor, para quem estas propostas são "a negação da existência do Estado ucraniano, reconhecido pela comunidade internacional com a sua soberania e sua integridade territorial". "Sobre essas premissas, as propostas da Rússia têm a ausência do diálogo", concluiu.
Na manhã desta segunda-feira, o The Guardian noticiou que a Igreja Ortodoxa da Ucrânia vai permitir que os fiéis celebrem o Natal no dia 25 de dezembro, rompendo com a tradição que levava estes fiéis a celebrar o acontecimento a 7 de janeiro, em resposta crítica à conivência do patriarcado de Moscovo com as ações militares russas.
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