Israel. Principais líderes políticos votam e apelam à participação

Os principais líderes político de Israel já exerceram hoje o direito de voto mas eleições legislativas, tendo apelado aos israelitas para garantirem uma taxa de participação elevada.

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© GIL COHEN-MAGEN/AFP via Getty Images

Lusa
01/11/2022 13:30 ‧ 01/11/2022 por Lusa

Mundo

Israel/Eleições

As legislativas, as quintas nos últimos quatro anos, têm por objetivo tentar, uma vez mais, acabar com a instabilidade política, embora vários analistas admitam que, após a votação, será provavelmente necessário, tal como nas anteriores eleições, mais negociações pós-eleitorais para a formação de um Governo estável.

Após depositar o boletim na urna numa assembleia em Telavive, o atual primeiro-ministro, Yair Lapid, apelou ao voto, "em nome do futuro do país".

Por seu lado, Benjamin Netanyahu, o principal adversário de Lapid, também apelou à participação dos israelitas nas eleições, salientando que a participação pode ser um fator determinante nos resultados.

"É um grande privilégio, sair e votar", disse o antigo primeiro-ministro (1996-99 e 2009-21), acompanhado pela mulher, depois de votar em Jerusalém, apelando também aos israelitas que votem "para um governo que não seja apoiado por terroristas".

O líder do Likud referia-se à coligação que o atual primeiro-ministro conseguiu formar em junho do ano passado para um "Governo de mudança" -- após 12 anos consecutivos de Netanyahu no poder -- que foi apoiado por partidos de direita, centro, esquerda e até uma formação árabe islâmica, Raam.

O atual ministro da Defesa, Benny Gantz, também reivindicou a possibilidade de ser o escolhido nas urnas para o cargo, apesar de as sondagens apenas darem 10 assentos parlamentar ao partido Unidade Nacional. 

"Estas eleições não são sobre um grande partido, mas sobre o partido que melhor pode combater a divisão", argumentou, em prol de uma terceira via.

Gantz pode ser decisivo para o futuro político de Israel, assim como o líder da extrema-direita Itamar Ben Gvir, que elevou o partido Sionismo Religioso ao terceiro lugar nas intenções de voto. 

Ben Gvir descartou servir como primeiro-ministro e, em vez disso, relevou a importância de que Netanyahu tenha um "governo totalmente de direita".

À margem da disputa política permanece o Presidente de Israel, Isaac Herzog, que, após votar, manifestou o desejo de que a votação seja um processo "livre, justo e igualitário". 

"Sem dúvida que todos os votos importam", disse, em mais um apelo à participação dos eleitores.

As eleições contam com mais de 100.000 assembleias de voto, para que os eleitores possam escolher os 120 assentos que compõem o Knesset (Parlamento).

As sondagens não apresentaram qualquer maioria clara de nenhuma das forças políticas, pelo que terão de realizar-se negociações pós-eleitorais para criar uma maioria parlamentar.

Às 10:00 locais (08:00 em Lisboa), três horas após a abertura das assembleias de voto, a participação era d 15,9%, acima dos 14,8% à mesma hora nas últimas eleições de 2021 e a maior percentagem desde a votação de 1981.

No total, a essa hora, já tinham votado 1,76 milhões dos 6,78 milhões de eleitores israelitas nas quintas legislativas desde 2019.

As sondagens confirmam Netanyahu como o candidato mais votado, que conseguiria entre 30 e 31 assentos para o Likud no Knesset, antecipando novas dificuldades para que o bloco religioso, de direita e populista que o apoia, consiga a maioria de 61 deputados.

Leia Também: Urnas já abriram em Israel. São as quintas legislativas em 4 anos

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