O conselheiro presidencial ucraniano, Mykhailo Podolyak, condenou, esta quarta-feira, a implementação da lei marcial nos quatro territórios ucranianos anexados pela Rússia em setembro.
Na ótica do conselheiro do presidente Volodymyr Zelensky, a decisão da Federação Russa “deve ser considerada apenas como uma pseudo-legalização do saque dos bens dos ucranianos através de outro ‘reagrupamento’”.
Podolyak assegurou ainda que a medida anunciada hoje pelo presidente russo, Vladimir Putin, “não muda nada para a Ucrânia”. “Continuamos a libertação e a desocupação dos nossos territórios”, garantiu.
"Martial law" implementation on the occupied territories by RF should be considered only as a pseudo-legalization of looting of Ukrainians’ property by another "regrouping". This does not change anything for Ukraine: we continue the liberation and deoccupation of our territories.
— Михайло Подоляк (@Podolyak_M) October 19, 2022
Putin ordenou hoje a instauração da lei marcial em Donetsk, Lugansk, Kherson e Zaporíjia - os quatro territórios anexados pela Federação Russa no final de setembro, após a realização de referendos considerados “ilegais” e “fictícios”.
O conflito entre a Ucrânia e a Rússia começou com o objetivo, segundo Vladimir Putin, de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia. A operação foi condenada pela generalidade da comunidade internacional.
A ONU confirmou que cerca de seis mil civis morreram e nove mil ficaram feridos na guerra, sublinhando que os números reais serão muito superiores e só poderão ser conhecidos quando houver acesso a zonas cercadas ou sob intensos combates.
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