Meteorologia

  • 29 ABRIL 2024
Tempo
13º
MIN 11º MÁX 18º

Cuba demite ministro da Energia e Minas em plena crise energética

O governo de Cuba demitiu hoje o ministro da Energia e Minas, Liván Arronte, em plena crise energética nacional que tem provocado longos apagões diários em todo o país, informaram os meios de comunicação oficiais.

Cuba demite ministro da Energia e Minas em plena crise energética
Notícias ao Minuto

23:44 - 17/10/22 por Lusa

Mundo Energia

Segundo as mesmas fontes o diretor da empresa estatal União Elétrica (UNE), Jorge Armando Cepero Hernández, também abandona o seu cargo.

A crise energética em Cuba agravou-se nas últimas semanas, após a passagem do furacão Ian, o que está a provocar um aumento do descontentamento social e protestos.

A UNE prevê um apagão simultâneo de 41% do país esta noite, durante as horas de maior consumo de energia.

Segundo o Cubadebate e a Cubavisión, o novo ministro da Energia e Minas será Vicente de la O Levy, enquanto à frente da UNE ficará Alfredo López Valdés.

Ambos eram já diretores-gerais da UNE, sendo que López Valdés já foi, anteriormente, ministro da Energia e Minas, assim como da Indústria.

Arronte estava na liderança do ministério da Energia e Minas desde dezembro de 2019, onde já tinha sido vice-ministro, após ser diretor da UNE durante cinco anos.

Os apagões devido a quebras e falhas nas centrais termoelétricas antigas, falta de combustível e manutenções programadas são frequentes na ilha há vários meses.

Sete das oito centrais terrestres do país têm mais de 40 anos e a idade média destas infraestruturas é de 30 anos. Das 20 unidades geradoras, dez estão hoje fora de serviço devido a avaria e uma outra está em manutenção.

O governo cubano anunciou em setembro que pretende reduzir os apagões antes do final deste ano através de reparações e novos investimentos.

Os cortes no fornecimento de energia afetam todas as áreas da economia e afetam a vida da população cubana, aumentando o descontentamento social no país que atravessa uma grave crise económica há dois anos.

Os apagões foram um dos principais motivos dos protestos contra o governo em 11 de julho do ano passado, os maiores no país em várias décadas.

Leia Também: Ministério Público cubano avisa que protestos vão ter "resposta legal"

Recomendados para si

;
Campo obrigatório