O país mais jovem do mundo, flagelado pela violência étnica e política e a instabilidade crónica desde a sua independência do Sudão, em 2011, está a viver o seu quarto ano consecutivo de inundações, que estão agora a afetar nove dos seus 10 estados, disse o Gabinete de Coordenação dos Assuntos Humanitários das Nações Unidas (OCHA), através de uma declaração.
As cheias "mataram gado e destruíram colheitas, galgaram estradas e pontes, destruíram casas, escolas e instalações sanitárias, submergiram furos e latrinas, contaminando fontes de água, o que representa um risco de doenças de origem hídrica", descreveu a OCHA.
No estado da Unidade (norte), uma das regiões mais afetadas, a subida das águas provocou a rutura de diques em dois locais no domingo, ameaçando com inundações dois campos para pessoas deslocadas e uma base da Missão da ONU no Sudão do Sul (Unmiss), disse o OCHA.
No estado ocidental de Bahr el-Ghazal, chuvas torrenciais causaram o colapso de uma ponte, cortando a entrega de ajuda de emergência às populações já fortemente pressionadas, acrescentou a nota.
Na declaração anterior, o OCHA estimara que cerca de 386.000 pessoas foram afetadas pelas cheias em sete estados.
Segundo o Banco Mundial, 80% dos 11 milhões de pessoas do Sudão do Sul viviam em "extrema pobreza" em 2018.
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