"Numa reunião do governador, Alexander Beglov, com membros da autarquia da cidade, foi tomada a decisão de cancelar os eventos festivos previamente planeados por ocasião do Ano Novo (...). Os fundos recolhidos serão utilizados (...) para a compra de mais equipamentos para voluntários e mobilizados", indicou a câmara municipal, citada em comunicado.
Assim, em 2022 não se vão realizar os concertos tradicionais na Praça do Palácio ou na Avenida Nevsky, bem como os fogos de artifício ou a ação de caridade no Palácio Tauride, de acordo com a agência de notícias russa TASS.
No entanto, as autoridades de São Petersburgo confirmaram que as atividades de Ano Novo para crianças e famílias irão acontecer.
A segunda maior cidade russa adere assim à tomada de posição de Leningrado, região na qual está circunscrita.
A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro pela Rússia na Ucrânia causou já a fuga de mais de 13 milhões de pessoas -- mais de seis milhões de deslocados internos e mais de 7,6 milhões para os países europeus -, de acordo com os mais recentes dados da ONU, que classifica esta crise de refugiados como a pior na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
A invasão russa - justificada pelo presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de "desnazificar" e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia - foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.
A ONU apresentou como confirmados desde o início da guerra 6.114 civis mortos e 9.132 feridos, sublinhando que estes números estão muito aquém dos reais.
Leia Também: Macron anuncia fundo de 100 milhões para Kyiv comprar equipamento militar