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Presidente do COI admite regresso dos russos que se demarquem da guerra

Os atletas russos poderão voltar a competir no desporto a nível internacional caso não apoiem a guerra na Ucrânia, admitiu Thomas Bach, presidente do Comité Olímpico Internacional, em entrevista ao Corriere della Sera, hoje publicada.

Presidente do COI admite regresso dos russos que se demarquem da guerra
Notícias ao Minuto

19:00 - 30/09/22 por Lusa

Mundo COI

"Trata-se de ter atletas com passaporte russo que não apoiem a guerra, temos de pensar sobre isso para o futuro", disse o dirigente ao diário italiano.

A grande maioria das modalidades tem seguido as recomendações do COI, de fevereiro, e baniram o desporto russo pela invasão da Ucrânia.

Com a realização de vários eventos de qualificação para os Jogos Olímpicos de 2024, a ausência de desportistas russos começa a tornar-se uma 'exclusão de facto' de Paris2024, reconhece o líder do COI.

Bach diz que "não é necessariamente o ter a Rússia de volta" que está em discussão, mas que persiste um dilema - "esta guerra não foi iniciada por atletas russos".

O líder do COI não avança sugestões sobre o modo de expressar essa oposição à guerra, numa altura em que a dissidência e a crítica podem levar à condenação e prisão por vários anos.

Por outro lado, os desportistas que publicamente apoiaram a guerra têm vindo a ser castigados pelas respetivas federações internacionais.

Foi o caso, nomeadamente, do nadador campeão olímpico Evgeny Rylov, que apareceu num comício em Moscovo ao lado de Vladimir Putin.

Já o ginasta Ivan Kuliak, apareceu num evento internacional com o símbolo do 'Z', pintado nos tanques russos aquando do início da invasão.

Até agora, as exceções relevantes a nível individual para os desportistas russos foram o ténis e o ciclismo, em que continuaram a competir em grandes provas, mas sem símbolos nacionais nem hino e bandeira.

No atletismo, a exclusão data de 2015 e não tem a ver, de origem, com a guerra, mas sim com o doping generalizado.

Bach diz agora que "é missão do COI ser politicamente neutro" e que "os Jogos Olímpicos e o desporto em geral são algo que une as pessoas e a humanidade".

"Por isso, estamos face a um dilema real, no que toca à invasão russa da Ucrânia", reconhece, acrescentando: "Vamos ter de ver, estudar como podemos ter de novo todos, e de que forma".

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