POUPANÇA NO MINUTO
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Modelo que protestou contra junta militar impedida de entrar na Tailândia
Han Lay conquistou a atenção mundial em março de 2021, por ter pedido, num concurso de beleza - o Miss Grand International -, ajuda “urgente” para a população de Myanmar.
© Reuters
Mundo Mynamar
Han Lay, uma modelo de Myanmar que se refugiou na Tailândia após ter protestado contra a junta militar no poder, foi impedida, esta quinta-feira, de regressar a Banguecoque. Segundo a sua agente, trata-se de uma ordem da Interpol.
A jovem de 23 anos conquistou a atenção mundial em março de 2021, por ter pedido, num concurso de beleza - o Miss Grand International -, ajuda “urgente” para a população de Myanmar.
“As pessoas de Myanmar estão na rua a trabalhar pela democracia. Eu também quero apoiar a democracia neste cenário, neste momento. Quero dizer aqui, por favor, ajudem Myanmar. Precisamos de apoio internacional, urgente, agora”, afirmou, semanas após uma junta militar ter chegado ao poder, na sequência de um golpe de Estado.
Segundo as autoridades tailandesas, citada pela agência de notícias Reuters, Lay não tinha um visto válido para entrar no país e estão a ser tomadas medidas para que a modelo possa abandonar a Tailândia noutro voo.
No entanto, Nawit Itsaragrisil, fundadora do concurso Miss Grand International da Tailândia e agente da modelo, afirmou que Han Lay foi detida à chegada de Banguecoque devido a um “aviso da Interpol”.
“Ela não quer ir a mais lado nenhum. Ela quer viver na Tailândia. Está à espera de uma solução sobre como pode ficar na Tailândia”, disse à Reuters.
Desde o golpe militar, que derrubou o governo da Nobel da Paz Aung San Suu Kyi e mergulhou Myanmar numa profunda crise política, económica e social, mais de duas pessoas morreram como resultado da repressão das autoridades, de acordo com dados da Associação de Assistência aos Presos Políticos.
Leia Também: Myanmar: 11 crianças mortas e 15 desaparecidas após ataque militar
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