EUA apresentam bases de aliança que pretende ser alternativa à China

Os Estados Unidos apresentaram hoje, em Los Angeles, as bases de uma aliança com 13 países da Ásia e Pacífico, a Indo-Pacific Economic Framework for Prosperity (IPEF), que pretende constituir-se como uma alternativa à China na região.

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Lusa
10/09/2022 06:09 ‧ 10/09/2022 por Lusa

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China

Após dois dias de negociações, os 14 países da IPEF, uma iniciativa lançada em maio pelo presidente dos EUA, Joe Biden, emitiram uma declaração conjunta de compromisso em quatro áreas fundamentais, nomeadamente comércio, cadeias de abastecimento, energias verdes e combate à corrupção.

O acordo "vai criar empregos tanto nos EUA como nos demais países do IPEF", assegurou a secretária do Comércio norte-americano, Gina Raimondo, na conclusão do primeiro encontro presencial entre os 14 membros da aliança.

O texto aprovado constitui "um roteiro para futuras discussões", acrescentou, saudando o "consenso" entre os países membros.

A Índia, no entanto, recusou comprometer-se com a parte do comércio e economia digital.

Com esta nova parceira, a administração de Biden espera reconstruir o pilar económico da sua diplomacia na região, após Donald Trump ter retirado os EUA do Tratado de Livre Comércio Transpacífico (TPP) em 2017, deixando o 'campo' aberto para a China, cuja economia é essencial para muitos vizinhos, exercer a sua influência.

A nova aliança, no entanto, já está a ser alvo de críticas e alguns especialistas questionam o seu verdadeiro alcance, para além da simbologia de oferecer aos países da zona Ásia-Pacífico uma alternativa à China, uma vez que ficam excluídas quaisquer reduções tarifárias ou facilitação do acesso ao mercado norte-americano.

Após a saída dos EUA do TPP, que foi concluído em 2018, o presidente Biden excluiu a hipótese de um grande acordo de livre comércio com a região, apesar das aspirações de várias potências asiáticas, uma vez que a opinião pública norte-americana vê-o como uma ameaça para os empregos nos EUA.

Apesar dos contornos ainda vagos do IPEF, os meios empresariais norte-americanos parecem aprovar este compromisso, pois veem a ausência dos EUA na região como uma lacuna que permite à China estabelecer vários apoios, nomeadamente em termos de infraestruturas, àqueles países.

Estruturado nos EUA, o IPEF reúne Austrália, Brunei, Coreia do Sul, Filipinas, Ilhas Fiji, Índia, Indonésia, Japão, Malásia, Nova Zelândia, Singapura, Tailândia e Vietname.

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