Associação diz que Itália pode sofrer com escassez de alimentos
A maior associação agrícola italiana afirmou, esta terça-feira, que mais de 2,6 milhões de pessoas no país podem ser confrontadas com escassez de alimentos até ao final do ano, devido ao aumento da inflação na energia e nos alimentos.
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Mundo Itália
Num relatório, a associação Coldiretti explicou que o aumento dos preços dos bens energéticos e do cabaz alimentar é resultado da guerra na Ucrânia - invadida pela Rússia em 24 de fevereiro - e está a afetar severamente as empresas e as famílias.
A associação referiu que cada família gastará mais 564 euros em 2022 apenas no cabaz alimentar, sobretudo em pão, massas e arroz, que terão um custo de quase mais 115 euros para cada agregado familiar do que em 2021.
Os aumentos atingirão também as carnes e enchidos (mais 98 euros), legumes (+81 euros), leite, queijo e ovos (+71 euros) e peixe (+49 euros).
Perante A situação, a Coldiretti lembrou que os agricultores italianos estão a passar por um momento particularmente difícil, pois terão de assumir um custo de vida mais elevado, que se juntará aos danos causados pela seca severa, a pior em 70 anos no norte do país.
A seca provocou nas colheitas perdas estimadas em 6.000 milhões de euros, o que equivale a 10% da produção no campo.
Pelo menos uma em cada 10 explorações ficou numa situação tão crítica que teve de encerrar a sua atividade e mais de um terço de todas as empresas agrícolas nacionais (34%) tem de trabalhar com prejuízos devido ao efeito da subida dos preços, segundo a associação de agricultores.
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