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Vencedor das presidenciais no Quénia promete "trabalhar com todos"

O vice-presidente do Quénia, William Ruto, prometeu hoje trabalhar "com todos os líderes" políticos, minutos após ser anunciada a sua vitória nas eleições presidenciais sobre Raila Odinga, figura histórica da oposição, este ano apoiado pelo chefe de Estado cessante.

Vencedor das presidenciais no Quénia promete "trabalhar com todos"
Notícias ao Minuto

17:15 - 15/08/22 por Lusa

Mundo Quénia

"Trabalharei com todos os líderes [num país] transparente, aberto e democrático", disse o vice-presidente cessante, declarado vencedor pelo presidente da comissão eleitoral com 50,49% dos votos, contra 48,85% do seu rival.

Ruto acrescentou que "não há lugar para a vingança" e disse estar "totalmente consciente" de que o Quénia "está numa fase em que é preciso toda a gente no convés".

William Samoei Ruto foi hoje declarado vencedor das presidenciais de terça-feira passada no Quénia, tornando-se no 50.º chefe de Estado do país e sucedendo a Uhuru Kenyatta que, após cumprir dois mandatos, estava impedido de se recandidatar.

O candidato teve mais 233 mil votos do que o seu principal rival, ao fim de uma campanha e de um escrutínio globalmente pacíficos e de uma espera de seis dias pelos resultados finais.

Minutos antes da publicação dos resultados, que aconteceu três horas depois do previsto, a vice-presidente da comissão eleitoral independente do Quénia (IEBC) anunciou que quatro dos sete membros daquele órgão rejeitavam os resultados.

"Pela natureza opaca do processo [...] não podemos assumir a responsabilidade pelos resultados que vão ser anunciados", disse a vice-presidente Juliana Cherera, ladeada por outros três comissários, pedindo "calma" aos quenianos.

"As pessoas podem recorrer à Justiça, por isso pedimos aos quenianos que sejam pacíficos, porque o Estado de direito prevalecerá", disse ainda, numa altura em que a tensão aumentava e as brigas eclodiam no centro onde a comissão eleitoral (IEBC) está a gerir os resultados.

Embora o país seja considerado uma ilha de estabilidade numa região instável, os resultados de todas as presidenciais desde 2002 foram contestados, por vezes com violência.

Em 2007-2008, a contestação dos resultados por Raila Odinga levou a confrontos intercomunitários que fizeram mais de 1.100 mortos e centenas de milhares de deslocados, os piores confrontos pós-eleitorais desde a independência do Quénia em 1963.

Leia Também: Vice-presidente William Ruto vence presidenciais no Quénia

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