Quinze soldados mortos em ataque fundamentalista no Burkina Faso

Quinze soldados do Burkina Faso foram hoje mortos em dois ataques com explosivos cometidos por alegados fundamentalistas islâmicos no norte do país, anunciou o Estado-Maior do Exército em comunicado.

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©  Lassana Bary/Twitter

Lusa
09/08/2022 19:15 ‧ 09/08/2022 por Lusa

Mundo

Ataque

O duplo ataque "com engenhos explosivos artesanais ocorreu no eixo Bourzanga-Djibo" na região centro-norte, à passagem de uma coluna militar, segundo o Exército.

"O balanço dos dois ataques aponta para 15 soldados mortos e um ferido e danos materiais", lê-se no comunicado.

Um dos veículos da coluna acionou um dos engenhos explosivos perto da localidade de Namsiguia, na província de Bam, e quando se prestava socorro às vítimas um segundo artefacto explosivo foi acionado à distância.

De acordo com o exército, "foram imediatamente enviados reforços para o local do incidente para garantir a retirada das vítimas" e estão em curso operações de segurança na zona.

Na segunda-feira, pelo menos 10 civis, incluindo quatro auxiliares dos Voluntários para a Defesa da Pátria (VDP), foram mortos durante um ataque de alegados fundamentalistas, também no norte do país, segundo fontes de segurança e locais.

Na passada quinta-feira, nove auxiliares do exército e quatro militares foram mortos num ataque contra uma unidade do destacamento militar de Bourzanga (norte) que coordenava uma ação ofensiva com um grupo do VDP, segundo o Exército.

O norte e o leste de Burkina Faso são as duas regiões mais afetadas pelos ataques de fundamentalistas islâmicos, mas as outras regiões também sofrem este tipo de ataques.

O Burkina Faso, onde os militares tomaram o poder pela força em janeiro com a promessa de acabar com a atividade fundamentalista, é confrontado como vários países vizinhos com a violência de movimentos extremistas islâmicos ligados à Al-Qaida e ao grupo extremista Estado Islâmico, que desde 2015 causaram milhares de mortes e cerca de dois milhões de deslocados.

Mais de 40% do território de Burkina está fora do controlo do Estado, segundo dados oficiais.

Em 24 de janeiro, o tenente-coronel Paul-Henri Sandaogo Damiba derrubou o Presidente Roch Marc Christian Kaboré, acusado de não ter conseguido conter a violência fundamentalista.

Mas a situação de segurança não melhorou e os ataques atribuídos às organizações extremistas multiplicaram-se nos últimos meses, visando civis e soldados.

Leia Também: Burkina Faso. 34 extremistas morrem após emboscada a destacamento militar

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