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Bielorrússia. Oposição e líderes mundiais marcam aniversário de eleições

Há dois anos, Lukashenko continuou na liderança do regime ditatorial, depois de oprimir grandes manifestações e um reforçado movimento democrático.

Bielorrússia. Oposição e líderes mundiais marcam aniversário de eleições

Dois anos depois das eleições presidenciais bielorrussas, que foram marcadas por manifestações inéditas contra o regime ditatorial de Aleksandr Lukashenko, líderes políticos pela Europa e pelo mundo assinalaram a data com mensagens de solidariedade para com o povo da Bielorrússia.

Em agosto de 2020, Lukashenko voltou a vencer as eleições com 80% dos votos, mas vários observadores internacionais acusaram o regime de manipular resultados e de dar um sexto mandato consecutivo ao presidente.

A União Europeia recusa-se a reconhecer a vitória como legítima, e a candidata da oposição, Sviatlana Tsikhanouskaya, reclama ter ganho o sufrágio com cerca de 60% dos votos. Os resultados deram origem a meses de manifestações, brutalmente oprimidas pelas forças bielorrussas e Lukashenko, com o apoio da Rússia, mantêm-se firme no poder.

Foi a própria Tskihanouskaya que começou por marcar a data, com uma mensagem publicada no Twitter. Recordando as manifestações de 2020, a autoproclamada líder nacional da Bielorrússia começou por agradecer aos "bielorrussos e aos amigos da Bielorrússia por carregarem a tocha da liberdade".

"Há dois anos, acendemos a nossa tocha da liberdade. E onde, dentro de um país, a opressão parece tê-la apagado, vocês levam-na para o estrangeiro", disse a líder da oposição democrática, vincando que a comunidade internacional não deixou que as vozes democráticas "fossem roubadas".

Numa mensagem de vídeo, Sviatlana Tskihanouskaya também mencionou a Ucrânia, vincando que os voluntários bielorrussos na Ucrânia e os ucranianos estão a lutar pela liberdade no continente europeu.

De recordar que, apesar da Bielorrússia ser o mais importante aliado do Kremlin na guerra contra a Ucrânia, permitindo que as tropas russas usem o seu território nas operações, há muitos voluntários bielorrussos a lutar pelo lado ucraniano.

No seu Twitter, Tskihanouskaya tem agradecido aos vários líderes mundiais que têm marcado a ocasião, como o presidente da Lituânia, os governos da Suécia, da Áustria, da Noruega, da Letónia, da Lituânia, da Estónia, da Roménia e da República Checa, e o chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, que mostrou "profundo respeito" pela "corajosa oposição".

Na Europa, o Grupo Popular Europeu (o partido europeu em que se inclui o PSD e o CDS-PP) também deixou palavras de apoio à Bielorrússia, assim como a presidente do Parlamento Europeu, Roberta Metsola, e o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

Considerando o aniversário das "eleições fraudulentas" e da "luta pacífica por um futuro democrático" e por "direitos fundamentais" contra a "opressão brutal", Borrell salientou que "o regime de Lukashenko, contra a vontade da maioria dos bielorrussos, tornou-se cúmplice da agressão" contra a Ucrânia, e prometeu mais apoio da UE para dissidentes bielorrussos.

Na Bielorrússia, o presidente Aleksandr Lukashenko não mencionou em qualquer órgão estatal o aniversário das eleições, tendo falado apenas sobre a economia do país, fortemente afetada pelas sanções, depois de uma reunião do Conselho de Ministros. A agência estatal Belta também não tem referências sobre a data.

Leia Também: UE diz que não esquece "crimes passados e presentes" da Bielorrússia

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