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UE condena manobras militares "agressivas" de Pequim perto de Taiwan

O chefe da diplomacia da União Europeia condenou hoje as manobras militares "agressivas" da China no Estreito de Taiwan.

UE condena manobras militares "agressivas" de Pequim perto de Taiwan
Notícias ao Minuto

06:11 - 04/08/22 por Lusa

Mundo União Europeia

Josep Borrell sustentou que não há "nenhuma justificação" para as ações e que Pequim está a utilizar a visita a Taiwan da congressista americana Nancy Pelosi "como pretexto".

"É normal para os deputados dos nossos países fazerem viagens internacionais", escreveu na rede social Twitter a partir da capital do Camboja, à margem de uma reunião de ministros dos Negócios Estrangeiros da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN).

O Ministério da Defesa de Taiwan denunciou hoje a incursão de 27 aviões militares chineses na Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ) na quarta-feira, dia da visita da congressista norte-americana Nancy Pelosi.

Na terça-feira, Taiwan tinha dado conta da incursão de 21 aviões chineses, horas antes de Pelosi aterrar na ilha.

Em ambas as ocasiões, de acordo com o comunicado, o ministério ativou uma patrulha aérea de combate, emitiu avisos de rádio e ativou sistemas de defesa antimísseis para monitorizar as aeronaves chinesas.

A ADIZ não é definida ou regulada por qualquer tratado internacional e não é equivalente ao espaço aéreo de Taiwan, mas cobre uma área maior, que inclui áreas da China continental.

O exército chinês anunciou exercícios militares com fogo real em seis zonas marítimas perto de Taiwan a partir de hoje, até domingo, em resposta à controversa visita da líder da Câmara dos Representantes do Congresso dos Estados Unidos.

No ano passado, o número de incursões chinesas aumentou, ações que foram condenadas tanto por Taiwan como pelos EUA.

Este movimento atingiu o seu auge no início de outubro, quando Pequim celebrou o aniversário da fundação da República Popular da China.

A visita de Pelosi causou indignação junto do Governo chinês, que respondeu nos últimos dias com sanções económicas a Taiwan, além dos exercícios militares que hoje se iniciam.

A China reclama a soberania sobre a ilha e considera Taiwan uma província separatista desde que os nacionalistas do Kuomintang se retiraram para a ilha em 1949, depois de perderem a guerra civil contra os comunistas.

Taiwan, com o qual os EUA não têm relações oficiais, é uma das principais fontes de conflito entre a China e os EUA, principalmente porque Washington é o principal fornecedor de armas da ilha e seria o seu maior aliado militar no caso de uma guerra com o gigante asiático.

Leia Também: Senador democrata propõe designar Taiwan aliado estratégico fora da NATO

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