Truss sucessora de Boris? Vantagem esmagadora a dois dias da votação
Atual secretária dos Negócios Estrangeiros é a favorita a suceder a Boris Johnson como líder do governo britânico.
© Getty Images
Mundo Reino Unido
Dois dias antes da votação dentro do Partido Conservador que vai eleger o próximo líder do partido -e, consequentemente, o próximo primeiro-ministro do Reino Unido -, uma nova sondagem do YouGov, para o jornal The Times, revelou que Liz Truss cimentou a sua posição como a favorita para vencer a eleição, que se realizará no dia 4 de agosto.
Segundo a sondagem, Truss tem uma vantagem de 34 pontos percentuais para o antigo ministro das Finanças, Rishi Sunak, liderando com cerca de 60% das intenções de voto.
Por comparação, Sunak foi o escolhido por apenas 26% dos inquiridos.
NEW Conservative members leadership poll (29 Jul - 2 Aug)
— YouGov (@YouGov) August 2, 2022
Headline VI
Truss: 69% (+7 from 20-21 Jul)
Sunak: 31% (-7)
Full response
Truss: 60% (+11)
Sunak: 26% (-5)
Don't know/won't vote: 13% (-8)https://t.co/wGmRqtYJgX pic.twitter.com/51YpXQCzCF
A sondagem revela um cenário previsível para a próxima quinta-feira, já que nove em cada dez membros do Partido Conservador inquiridos revelaram que não planeiam mudar de ideias antes da votação.
No entanto, os eleitores do maior partido no Parlamento não preveem um futuro auspicioso para os 'Tory', já que mais de 50% dos inquiridos acredita que o sucessor de Boris Johnson vai perder a próxima eleição legislativa.
A sondagem é, no entanto, uma boa notícia para a campanha de Liz Truss, depois das críticas que dominaram o dia, sobre a proposta da atual secretária dos Negócios Estrangeiros de criar um salário que considerasse os custos de vida regionais - o que, em teoria, foi idealizado para reduzir custos mas, na prática, iria reduzir o salário de milhões de britânicos, especialmente dos que não vivem em Londres.
A medida foi tão mal acolhida pelos militantes do Partido Conservador, que a campanha de Truss foi forçada a voltar atrás, menos de 24 horas depois de a propor.
Ben Houchen, o autarca conservador de Tees Valley, no nordeste de Inglaterra, considerou a ideia "terrivelmente má".
"Não há como fazer isto sem um corte abrangente de salários de 5,5 milhões de pessoas, incluindo enfermeiros, polícias e as nossas forças armadas fora de Londres", escreveu no Twitter.
A equipa de Rishi Sunak aproveitou o escorregão de Truss, considerado pela Sky News como o primeiro grande passo em falso da líder nas sondagens, comparando-a à antiga primeira-ministra, Margaret Thatcher (cujos ideais neoliberais são, ainda hoje, muito criticados fora de Londres pelo impacto que tiveram na redução do nível de vida e dos salários em todo o país).
Liz Truss e Rishi Sunak são os dois finalistas nas eleições para o próximo líder do Partido Conservador, depois da saída anunciada de Boris Johnson. Johnson cedeu finalmente às pressões internas e externas, e ao acumular de vários escândalos e demissões dentro do seu próprio governo, anunciado a demissão no início de julho.
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