Liz Truss forçada a abandonar ideia de cortar salários no setor público

A ministra britânica dos Negócios Estrangeiros, Liz Truss, na corrida para suceder ao primeiro-ministro Boris Johnson, foi forçada hoje a uma viragem política, deixando cair uma proposta para cortar alguns salários do setor público.

Liz Truss

© Getty Images

Lusa
02/08/2022 22:03 ‧ 02/08/2022 por Lusa

Mundo

Reino Unido

Truss, que concorre contra o ex-ministro das Finanças Rishi Sunak para a liderança do Partido Conservador, disse segunda-feira que reduziria os salários dos funcionários públicos que vivem fora de Londres, em zonas mais baratas do país, como parte de uma "guerra" ao "desperdício" no setor público.

A mudança, anunciou, poderia poupar aos contribuintes até 8,8 mil milhões de libras (cerca de 10 mil milhões de euros) por ano, mas os críticos reagiram alertando que isso significaria cortar o salário das pessoas numa altura em que os preços dos alimentos e combustíveis estão a subir.

Ben Houchen, o presidente de câmara conservador da região de Tees Valley, no nordeste de Inglaterra, considerou a ideia "terrivelmente má".

"Não há como fazer isto sem um corte abrangente de salários de 5,5 milhões de pessoas, incluindo enfermeiros, polícias e as nossas forças armadas fora de Londres", escreveu no Twitter.

Antes do meio-dia, Truss tinha abandonado o plano, com os seus responsáveis de campanha a dizer que "os atuais níveis de remuneração do setor público serão absolutamente mantidos" e que não haveria variações regionais.

Truss e Sunak estão a disputar o lugar de Boris Johnson, que se demitiu do cargo de líder do Partido Conservador no mês passado, após meses de escândalos de ética.

Todas as sondagens entre os membros do partido no poder indicam que Truss é a favorita das bases, em comparação com o apoio maioritário que Sunak recebeu dos deputados conservadores numa primeira votação neste processo de escolha. 

Os votos postais dos cerca de 180.000 militantes conservadores deverão começar a ser recebidos na próxima semana, esperando-se que os resultados sejam conhecidos a 05 de setembro. O vencedor será também o próximo chefe de governo britânico.

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