Parceiros europeus pressionam Irão para aceitar novo acordo nuclear

Os parceiros europeus estão a pressionar o Irão para que aceite um relançamento do acordo nuclear de 2015, depois de uma paralisação de meses nas negociações, defendendo que em cima da mesa está "o melhor acordo possível".

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Lusa
27/07/2022 19:01 ‧ 27/07/2022 por Lusa

Mundo

Energia Nuclear

"Agora é tempo de decisão se quisermos salvar o Acordo Nuclear do Irão", escreveu hoje no Twitter o chefe da política externa da União Europeia, que presidiu a longas conversações em Viena.

Josep Borrell referiu que escreveu um artigo de opinião para o Financial Times, publicado na terça-feira, defendendo estar "concluído que foi esgotado o espaço para compromissos adicionais significativos" e que colocou um texto em cima da mesa que aborda em pormenor as medidas necessárias para restabelecer o acordo nuclear.

A ministra francesa dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, disse que o regresso ao cumprimento integral do acordo "ainda é possível, mas que, para isso, é necessária uma resposta positiva do Irão o mais rapidamente possível".

As declarações mostram uma preocupação crescente de que o tempo esteja a esgotar-se para salvar o acordo, em parte devido à aproximação das eleições intercalares nos Estados Unidos.

O Irão e seis potências mundiais - EUA, França, Alemanha, Grã-Bretanha, Rússia e China - assinaram em 2015 o acordo nuclear, aceitando Teerão limitar drasticamente o seu enriquecimento de urânio em troca do levantamento das sanções económicas.

Em 2018, o então Presidente norte-americano, Donald Trump retirou unilateralmente os Estados Unidos do acordo e partir dai o Irão tem violado o acordo e cresce o seu 'stock' de urânio enriquecido.

As conversações em Viena sobre a reanimação do acordo e o regresso dos EUA, depois da viragem política com a eleição de Joe Biden, estão paradas desde abril.

"Se o acordo for rejeitado, arriscamo-nos a uma perigosa crise nuclear, contra a perspetiva de um maior isolamento para o Irão e para o seu povo", escreveu Borrell. "É nossa responsabilidade conjunta concluir o acordo."

Leia Também: Alemanha luta contra o tempo em crise energética e reequaciona nuclear

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