Brasil diz que respeita Carta Democrática Interamericana

O ministro da Defesa do Brasil, Paulo Sérgio Nogueira, disse hoje que respeita a Carta Democrática Interamericana, na abertura da 15ª. Conferência de Ministros da Defesa das Américas, realizada este ano em Brasília.

Notícia

© Lusa

Lusa
26/07/2022 18:04 ‧ 26/07/2022 por Lusa

Mundo

Brasil

"Da parte do Brasil, manifesto respeito à carta da Organização dos Estados Americanos [OEA], e à Carta Democrática Americana, e seus valores, princípios e mecanismos", afirmou Nogueira.

Num breve discurso, Nogueira avançou alguns pontos que serão incluídos na declaração final, entre os quais destacou o compromisso dos militares com a democracia, os direitos humanos e a luta contra o crime organizado transnacional.

A declaração indicou um contraponto em relação a receios que circulam no país sobre a participação das Forças Armadas brasileiras numa hipotética contestação dos resultados das eleições presidenciais marcadas para outubro caso o atual Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, não seja reeleito.

Bolsonaro tem insinuado que tem apoio ilimitado dos militares e colocado em causa as eleições devido ao sistema de voto eletrónico, que ele alega ser suscetível de fraudes, sem, no entanto, apresentar provas.

Delegações de 34 países inauguraram hoje a conferência que discutirá iniciativas para melhorar a cooperação continental na área de segurança.

De acordo com a minuta do documento que será assinado no encerramento do encontro, outros temas que serão destacados pelos ministros são o compromisso com a paz regional, com as missões de paz da Organização das Nações Unidas (ONU), as soberanias nacionais e a preservação do meio ambiente.

Durante a reunião, foram destacadas várias iniciativas de cooperação que visam reforçar a segurança no ciberespaço e a troca de informação sobre o papel das Forças Armadas na "mitigação" dos efeitos da pandemia de covid-19 no continente.

Haverá ainda um parágrafo dedicado ao "papel essencial" da mulher na área da Defesa, no qual será também reforçada a necessidade de "erradicar o cerco e a violência sexual" no seio das Forças Armadas.

Da mesma forma, o documento expressará a "preocupação" dos ministros da Defesa com os "fluxos migratórios" e incentivará os Estados americanos a fortalecer o intercâmbio de informações sobre as diferenças nas experiências de receção.

A reunião contou com a presença de ministros e delegações dos países membros da OEA, incluindo o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Lloyd J. Austin, que tem várias reuniões bilaterais planeadas no âmbito do evento.

Leia Também: Apple, Microsoft, Amazon e Google compraram ouro ilegal da Amazónia

Partilhe a notícia

Escolha do ocnsumidor 2025

Descarregue a nossa App gratuita

Nono ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.

* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com
App androidApp iOS

Recomendados para si

Leia também

Últimas notícias


Newsletter

Receba os principais destaques todos os dias no seu email.

Mais lidas