O apelo da OSCE foi feito depois de esta revelar que a busca na internet relacionada com ucranianas aumentou 600% desde o início da invasão russa.
A informação foi divulgada hoje, através da publicitação de um relatório sobre tráfico de pessoas, onde avalia a situação relativa a esta forma atual de escravatura nos 57 Estados que a integram.
O grande aumento da procura de conteúdos sexuais protagonizados por ucranianas converte-as em objetivos das máfias de tráfico de pessoas, alertou a OSCE.
Mais de 90% dos refugiados ucranianos na Europa são mulheres e crianças.
"Nos primeiros dias da guerra, começámos a vigiar o tráfego em linha e registámos enormes picos nas pesquisas de termos sexuais relacionados com mulheres ucranianas, como 'porno ucraniano', 'violação ucraniana' ou 'acompanhantes ucranianas'", detalhou o representante especial da OSCE contra o tráfico de pessoas, Valiant Richey.
O tráfico é definido como um crime que consiste em atrair, transferir e reter uma pessoa, através da força ou de uma ameaça, para a explorar durante períodos prolongados.
Se a exploração sexual é a mais conhecida, outras vítimas sofrem condições de escravatura em tarefas domésticas, na agricultura ou na prática de mendicidade ou casamentos forçados.
Desde o início da invasão da Ucrânia por tropas da Federação Russa, as pesquisas na internet de pornografia relacionada com ucranianas aumentaram em 600% nos 57 Estados que integram a OSCE, entre os quais Portugal.
A OSCE também adiantou que encontrou provas de tentativas de atrair mulheres ucranianas com mensagens das redes sociais, em que se oferece trabalho como 'isco'.
Leia Também: Zelensky procura reforçar fileiras enquanto Rússia ataca incessantemente