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Não haveria guerra se Putin fosse mulher? Líder russo lembra Thatcher

O presidente russo afirma que a decisão de Margaret Thatcher de enviar tropas para as ilhas Malvinas "foi ditada por nada menos do que ambições imperialistas e [um desejo de] confirmar o seu estatuto imperial".

Não haveria guerra se Putin fosse mulher? Líder russo lembra Thatcher

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, rejeitou, esta quinta-feira, as acusações do primeiro-ministro, Boris Johnson, que davam conta que, se o líder russo fosse uma mulher, não teria invadido a Ucrânia e lembrou a decisão da antiga primeira-ministra britânica Margaret Thatcher de enviar tropas para as ilhas Malvinas, em 1982.

“Quero apenas recordar os acontecimentos da história recente, quando Margaret Thatcher decidiu lançar operações militares contra a Argentina nas ilhas Malvinas. Uma mulher tomou a decisão de lançar uma ação militar”, considerou Putin, numa conferência de imprensa durante a sua visita ao Turquemenistão, citado pela agência de notícias Reuters

E atirou: “Consequentemente, não é uma referência inteiramente exata do primeiro-ministro britânico”

O Reino Unido e a Argentina travaram uma guerra em 1982, um conflito que começou com a ocupação das ilhas - administradas pelo Reino Unido desde 1833 - pela junta militar argentina a 2 de abril daquele ano e terminou com a rendição argentina em a de junho. A guerra provocou a morte de 649 argentinos e de 255 soldados britânicos.

“Onde estão as Ilhas Malvinas e onde está a Grã-Bretanha?”, questionou Putin. “As ações de Thatcher foram ditadas por nada menos do que ambições imperialistas e [um desejo de] confirmar o seu estatuto imperial”, acrescentou.

O primeiro-ministro do Reino Unido afirmou, na quarta-feira, que “se Putin fosse uma mulher, não teria embarcado numa guerra maluca e machista”. No mesmo dia, também o ministro da Defesa britânico, Ben Wallace, referiu que o russo tem “síndrome do homem pequeno” e uma “visão machista” do mundo. 

Assinala-se, esta quinta-feira, o 127.º dia da guerra na Ucrânia, que já provocou, segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), a morte a  4.731 civis e deixou 5.900 feridos.

Leia Também: "3.ª Guerra já começou". A afirmação do ministro da Defesa da Ucrânia

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