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"Não disparei um único tiro", diz soldado norte-americano detido

Alexander Drueke foi preso pelos russos em Kharkiv e o Kremlin não descarta a pena de morte para o soldado voluntário.

"Não disparei um único tiro", diz soldado norte-americano detido
Notícias ao Minuto

22:19 - 29/06/22 por Notícias ao Minuto

Mundo Ucrânia/Rússia

O soldado norte-americano Alexander Drueke, que se voluntariou para lutar do lado ucraniano e acabou detido pelos russos, reafirmou esta quarta-feira a sua inocência e garantiu que a única missão da que fez parte foi a que acabou com a sua prisão.

Numa entrevista à agência estatal russa RIA, citada pela Reuters, Drueke garantiu que não matou soldados russos, ao contrário do que afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

"A minha experiência em combate aqui foi aquela única missão naquele dia. Não disparei um único tiro. Espero que isso influencie qualquer sentença que eu receba ou não receba", disse o militar.

Drueke foi detido com outro soldado norte-americano, Andy Huynh, e as autoridades russas estão a avaliar a sentença a aplicar, sendo que o Kremlin não descarta que lhes seja aplicada a pena de morte - a mesma pena que foi aplicada a soldados britânicos detidos pelas tropas separatistas pró-russas na autoproclamada república de Donetsk.

O norte-americano, de 39 anos, foi apanhado perto de Kharkiv, a segunda maior cidade ucraniana, onde estava destacado com as forças ucranianas e para as quais se tinha voluntariado no início da guerra. Os dois são naturais do estado norte-americano do Alabama.

O regime russo argumenta que os dois norte-americanos, por não serem soldados normais, não têm um estatuto protegido pela Convenção de Genebra. Dmitry Peskov afirmou que os dois são "mercenários" e colocaram a vida de soldados russos em risco.

No início da semana passada, os média russos partilharam fotografias dos dois homens capturados, com as mãos atadas atrás das costas e presos nas traseiras de um camião militar.

As famílias dos soldados garantem que os dois não são mercenários e que viajaram como voluntários em abril. Segundo a Reuters, os familiares de Drueke têm estado em contacto com a diplomacia norte-americana, para tentar assegurar a libertação do militar.

Na sequência do avanço das tropas russas pelo Donbass, foram também detidos cidadãos britânicos e um cidadão marroquino, todos condenados a uma pena de morte por lutarem pela Ucrânia.

A guerra na Ucrânia já fez mais de 4.700 mortos civis, segundo o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos. No entanto, a organização alerta que o número real de mortos poderá ser muito superior, dadas as dificuldades em contabilizar baixas civis em territórios controlados ou sitiados pelos russos.

Leia Também: "Tempo está a esgotar-se", diz família de soldado condenado à morte

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