Na véspera do Dia Internacional para a Eliminação da Violência Sexual em Conflitos Armados, Guterres condena uma "tática de guerra" que "aterroriza populações, destrói vidas e fratura comunidades", enquanto os perpetradores "raramente enfrentam as consequências dos seus atos".
"Em vez disso, são os sobreviventes que são duplamente abusados, através de normas sociais nocivas e de culpabilização", acrescenta o secretário-geral da ONU.
"As Nações Unidas expressam a sua solidariedade com os sobreviventes e reiteram o seu apoio às mulheres, raparigas, homens e rapazes mais vulneráveis" na sua luta para "viver com dignidade em tempo de crise", refere ainda o responsável.
A ONU salienta a sua determinação em convencer os seus Estados-membros a reforçar os sistemas de justiça nacionais e as capacidades do Estado de Direito, para que os perpetradores sejam responsabilizados pelos seus crimes e as vítimas recebam atempadamente apoio médico e psicossocial.
"Significa defender os direitos das sobreviventes e tratá-las com respeito e compreensão, dando-lhes ao mesmo tempo a oportunidade de ajudar a reparar comunidades fragmentadas e apoiar organizações da sociedade civil lideradas por mulheres que trabalham para derrubar as barreiras sociais, económicas e culturais que negam às mulheres e raparigas os seus direitos à proteção, igualdade e justiça", diz o secretário-geral.
Finalmente, a ONU apela à abordagem das causas subjacentes da violência sexual em conflitos, desde as desigualdades às fraquezas institucionais e à militarização, e ao reforço dos sistemas de alerta precoce para evitar que estes crimes ocorram.
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