Mais de 300 anos depois, última bruxa de Salem foi perdoada

Os julgamentos de Salem, motivados por uma onda de puritanismo religioso e xenofobia, condenaram à morte cerca de 20 pessoas, a sua maioria mulheres, no século XVII.

Memorial às Bruxas de Salem, nos Estados Unidos

© Getty Images

Notícias ao Minuto
27/05/2022 09:14 ‧ 27/05/2022 por Notícias ao Minuto

Mundo

EUA

Elizabeth Johnson Jr. viu o seu nome finalmente livre de cadastro, 329 anos depois de ser condenada à morte por feitiçaria nos Estados Unidos, durante os julgamentos de 1693 das Bruxas de Salem.

Johnson Jr. era a última mulher que faltava ser perdoada - nos últimos anos, a justiça norte-americana tem tentado reparar o erro histórico contra as mulheres no estado do Massachusetts.

Entre 1692 e 1694, os julgamentos de Salem acusaram mais de 200 pessoas e acabou por executar cerca de 20, a maioria mulheres. A justiça, na altura subjugada ao puritanismo religioso dos colonos ingleses, culpou as mulheres por bruxaria e executou-as, a maioria das vezes através do enforcamento.

Elizabeth Johnson Jr. viu finalmente o seu nome limpo da lista de condenados, apesar de nunca ter sido executada, diz a NBC.

Do lado da mulher, estiveram jovens do oitavo ano da escola básica de North Andover, que defenderam Johnson Jr. junto dos legisladores e procuraram tomar as medidas necessárias para ilibar a (até agora) bruxa.

O estado do Massachusetts, predominantemente democrata, acabou por aprovar o perdão. "Jamais conseguiremos mudar o que aconteceu a vítimas como a Elizabeth, mas pelo menos conseguimos encerrar a questão", disse a senadora estatal Diana DiZoglio, que redigiu o projeto de lei.

A professora dos alunos, Carrie LaPierre, disse, num comunicado citado pela NBC, que os estudantes souberam mudar "um assunto há muito subvalorizado na justiça de uma mulher injustamente condenada".

"Aprovar esta legislação terá um impacto incrível no quão importante é apoiar pessoas que não se conseguem defender e o quão forte é a voz que eles realmente têm", afirmou LaPierre.

Segundo o Witches of Massachusetts Bay, um grupo que documenta as histórias das mulheres acusadas de bruxaria, citado pela NBC, Elizabeth Johnson Jr. tinha 22 quando foi julgada no meio da histeria popular em torno de uma suposta feitiçaria. 20 pessoas morreram - 18 mulheres foram enforcadas e um homem foi apedrejado. A maioria das mortes ocorreram em Salem.

O processo da mulher demorou mais tempo porque o governador de Salem, na altura, considerou que a justiça foi feita à pressa. Não ilibou Elizabeth Johnson Jr., mas acabou por não a condenar à morte e, assim, o perdão ficou perdido durante anos.

Leia Também: Papa pediu perdão por abusos "deploráveis" a povos indígenas do Canadá

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