Ex-presidente pró-russo da Moldova detido por traição e corrupção

O ex-presidente pró-russo da Moldova Igor Dodon foi hoje detido pela polícia, por acusações de traição ao Estado e corrupção, anunciou a Procuradoria-Geral do país.

Igor Dodon

© Reuters

Lusa
24/05/2022 12:51 ‧ 24/05/2022 por Lusa

Mundo

Moldova

"Igor Dodon foi detido na manhã de hoje por 72 horas. Está no centro de detenção provisória do Centro Nacional Anticorrupção", disse a porta-voz da Procuradoria-Geral da República, Mariana Chiorpec.

A porta-voz acrescentou que estavam a decorrer buscas numa dúzia de locais, nomeadamente em escritórios ligados ao ex-líder e a sua casa em Chisinau, capital da ex-República soviética.

O ex-presidente moldavo é alvo de uma investigação por "traição ao Estado", "corrupção passiva", "financiamento de um partido político por uma organização criminosa" e "enriquecimento ilegal".

Os investigadores suspeitam que Dodon tenha recebido dinheiro em 2019 de um aliado político e oligarca moldavo, Vlad Plahotniuc, que está no exílio e sujeito a sanções dos Estados Unidos.

Igor Dodon presidiu a Moldova de 2016 a 2020 e sempre declarou o seu apoio a Moscovo.

A Moldova é um país predominantemente de língua romena, mas com uma forte minoria de língua russa, e o poder passa regularmente de pró-russo para pró-ocidental, alimentando por repetidas crises políticas.

Após vários escândalos que atingiram Dodon, num cenário de corrupção e pobreza endémica no país, a atual Presidente e pró-europeia, Maia Sandu, venceu as eleições presidenciais em 2020, e as legislativas em 2021, solidificando o seu poder.

Desde o início da ofensiva militar russa contra a Ucrânia, que completa hoje três meses, Chisinau tem demonstrado forte apoio a Kyiv.

A Moldova tem acolhido refugiados da guerra na Ucrânia, apresentou um pedido de adesão à União Europeia (UE) e obteve a promessa europeia de um aumento significativo da ajuda militar.

O país, que abriga a Transnístria - um território separatista pró-Rússia na fronteira com a Ucrânia -, teme que Moscovo possa escolhê-lo como próximo alvo, especialmente desde que a região separatista declarou que foi alvo de ataques, em abril, da Ucrânia.

Leia Também: Agência da UE para o Asilo destaca pessoal para a Moldova

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