Entre as personalidades visadas pela acusação e que constam de uma lista comunicada aos jornalistas pelo procurador Alphonse Charles Wright estão, além de Condé, deposto pelos militares em setembro de 2021, um ex-presidente do Tribunal Constitucional, ex-presidentes do parlamento, um ex-primeiro-ministro e vários ex-ministros, deputados e chefes dos serviços de segurança.
De acordo com o documento, o magistrado deu "instruções para efeitos de procedimentos legais por meio de denúncia" contra Alpha Condé e outras 26 personalidades por "homicídio, assassínio e cumplicidade", desaparecimentos forçados, detenções, sequestros, atos de tortura, espancamentos e lesão intencional, violação e agressão sexual ou atos de saque.
O magistrado especificou em mensagem à agência France-Presse (AFP) que esses processos foram iniciados após uma denúncia da Frente Nacional de Defesa da Constituição (FNDC), um coletivo que liderou durante vários meses, a partir de outubro de 2019, protestos contra um terceiro mandato presidencial de Alpha Condé.
A repressão desses protestos, muitas vezes brutais num país acostumado à violência política, provocou dezenas de mortos, quase todos civis.
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