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Negociadores sequestrados por milícia na RDCongo foram libertados

Três membros de uma delegação da República Democrática do Congo (RDCongo), reféns há mês e meio de um grupo armado com o qual negociavam em Ituri (nordeste) foram hoje libertados, enquanto outros quatro ainda continuam detidos, anunciou um porta-voz.

Negociadores sequestrados por milícia na RDCongo foram libertados
Notícias ao Minuto

20:32 - 04/04/22 por Lusa

Mundo RDCongo

Um dos acompanhantes do grupo de oito pessoas, o professor Jean-Baptiste Dhechuvi, foi libertado em 21 de março.

Os três reféns libertados hoje são o ex-senhor da guerra Germain Katanga, o presidente da União das Associações Culturais para o Desenvolvimento de Ituri (Unadi, na sigla em francês) Janvier Ayendu Bin Ekwale e o motorista do grupo, anunciou Pitchout Mbodina Iribi, porta-voz do Grupo de Trabalho Reconciliação e Reconstrução de Ituri.

"Este é o resultado das conversas que temos mantido há vários dias com a milícia Codeco", disse o porta-voz em comunicado, sem mais detalhes.

A milícia Codeco (Cooperativa para o Desenvolvimento do Congo) é uma organização místico-militar que diz defender os membros da comunidade Lendu.

Segundo as Nações Unidas e as autoridades da RDCongo, os membros da Codeço são os autores da maior parte dos atos de violência em Ituri.

A delegação do grupo de trabalho foi encarregue pelo Presidente da RDCongo, Félix Tshisekedi, de negociar um cessar-fogo e a desmobilização dos rebeldes.

Enquanto os negociadores conversavam com a Codeco, elementos desta milícia fizeram-nos reféns, acusando o exército de ter bombardeado a área durante a reunião.

Desde então, os membros da milícia deram a conhecer os seus pedidos de libertação, nomeadamente a libertação dos prisioneiros da Codeco e membros da comunidade Lendu "detidos arbitrariamente", a cessação das operações militares e o levantamento do estado de sítio.

Os membros da missão ainda reféns são os ex-senhores da guerra Thomas Lubanga e Floribert Ndjabu, e dois coronéis do exército da RDCongo Justin e Désiré Lobho.

Ituri e a província vizinha de Kivu do Norte estão em estado de sítio desde maio de 2021, sem que isso tenha até agora permitido pôr fim aos abusos dos grupos armados.

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