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Capitólio. Homem com bandeira da Confederação admite ter agredido polícia

Um homem do estado norte-americano do Maryland que agitou uma bandeira da Confederação durante o ataque ao Capitólio dos Estados Unidos declarou-se hoje culpado por agredir um polícia que estava a tentar dispersar uma multidão de manifestantes.

Capitólio. Homem com bandeira da Confederação admite ter agredido polícia
Notícias ao Minuto

06:48 - 30/03/22 por Lusa

Mundo Capitólio

David Blair, de 27 anos, enfrenta agora uma pena máxima de prisão de cinco anos, após se declarar culpado de uma acusação de obstrução da lei em 06 de janeiro de 2021.

As diretrizes de condenação estimadas no caso de David Blair recomendam uma pena de prisão que varia de oito a 14 meses.

O juiz distrital dos Estados Unidos Christopher Cooper deve sentenciar o homem em 13 de julho.

David Blair foi acusado de agredir um agente do Departamento da Polícia Metropolitana fora do Capitólio durante o ataque de manifestantes pró-Trump no ano passado.

Usando uma máscara facial com uma caveira, David Blair insultou o polícia e atingiu-o com bastão de lacrosse (desporto essencialmente praticado nos Estados Unidos e Canadá) de madeira enfeitado com uma bandeira dos Estados Confederados, adiantaram os procuradores.

A câmara de vídeo num uniforme de um policial gravou um David Blair a agitar a bandeira na frente de uma multidão que estava a ser dispersa pela polícia.

Estava programado para começar um julgamento com júri em 02 de maio, em Washington.

As forças policiais inicialmente detiveram o homem no dia do ataque e levaram-no a um hospital para ser tratado devido a corte na cabeça.

O FBI prendeu David Blair em fevereiro de 2021. Um grande júri federal indicou-o por acusações que incluíam agredir, resistir ou impedir a polícia com uma arma perigosa, um mastro.

A defesa do então acusado contestou que o mastro -- um bastão de lacrosse -- era uma arma mortal ou perigosa.

O advogado Terrell Roberts III argumentou que David Blair estava a exercer legalmente os seus direitos da Primeira Emenda em terrenos públicos a oeste do Capitólio quando a polícia o deteve.

Segundo o advogado, um agente surpreendeu o homem e o empurrou sem aviso prévio ou ordenado que abandonasse a zona.

"Em resposta a esse uso injustificado da força, [David Blair] usou o bastão de lacrosse para bloquear ou averiguar o polícia, que tinha o bastão levantado verticalmente na mão direita", escreveu Roberts num processo judicial em fevereiro deste ano.

"O agente não foi ferido (...), e tal resistência, que era lícita nas circunstâncias, não forneceu base para acreditar que existia causa provável para prender o réu", sustentou.

Os procuradores disseram que David Blair recusou-se a obedecer às ordens para sair de West Lawn, numa zona restrita do Capitólio, antes de agredir o agente.

"O registo confirma que Blair ouviu essa ordem, porque gritou para o grupo: 'Parem de recuar!' e 'Somos [norte-]americanos!'", escreveram.

Os procuradores também sustentaram que a polícia revistou legalmente a mochila da David Blair.

Agentes do FBI apreenderam um caderno com apontamentos sobre os eventos de 06 de janeiro de 2021 quando revistaram a residência do acusado -- onde vivia com a mãe -- em Clarksburg, no Maryland.

A frase "Save USA" (Salvem os Estados Unidos", em tradução livre) estava escrita no topo de uma página do caderno, acrescentou o FBI.

Mais de 770 pessoas foram acusadas de crimes federais relacionados ao motim do Capitólio, dos quais mais de 240 declararam-se culpados principalmente por infrações puníveis com um máximo de seis meses de prisão. Dois outros foram condenados por distúrbios após julgamento.

Leia Também: Comissão que investiga ataque pede acusação de 2 ex-assessores de Trump

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