"Estamos solidários com o povo de Timor-Leste e encorajamos ao voto, que os eleitores participem ao máximo nas eleições, o que dará mais um exemplo do que Timor-Leste já nos deu em eleições anteriores", disse o embaixador angolano José Guerreiro Alves Primo.
O diplomata, que lidera a missão composta por 13 observadores da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), falava aos jornalistas depois de um encontro com o Presidente da República, Francisco Guterres Lú-Olo, que é também um dos 16 candidatos às eleições.
Um encontro, explicou, com o Presidente e não com o candidato, para dar conta da presença da missão e "manifestar a solidariedade da CPLP e de cada um dos seus Estados membros com o povo de Timor-Leste".
"Somos observadores eleitorais, vamos observar os procedimentos que as autoridades decidiram no seu processo eleitoral. Com este convite, as autoridades timorenses quiseram garantir que vai haver transparência e estamos aqui para observar", disse o angolano.
Alves Primo disse que alguns problemas logísticos implicaram algum atraso na chegada da missão, ainda que uma equipa avançada e ele próprio tenham conseguido testemunhar a reta final da campanha.
"Não temos ainda detalhes, mas achamos que foi uma campanha eleitoral movimentada e animada, com muita juventude na rua, muita animação dos cidadãos, que esperamos que conduza a um ato eleitoral bem concorrido, a começar pelo número de candidatos, em paz e estabilidade", afirmou.
"Vemos que há muitas candidatas mulheres, o que é um passo importante, e muitos jovens, por isso a democracia está garantida em Timor-Leste", referiu.
A missão inclui representantes de todos os Estados-membros, disse, à exceção de São Tomé e Príncipe, incluindo membros da Assembleia Parlamentar e funcionários do secretariado-executivo da CPLP.
Os observadores da CPLP vão acompanhar a votação e o escrutínio, com equipas desdobradas para vários municípios.
Cerca de 30 organizações nacionais e internacionais estão registadas como observadoras das eleições, com destaque para equipas da União Europeia, bem como de várias embaixadas.
Estas serão as maiores eleições de sempre, com 16 candidatos, 859.613 eleitores recenseados e 1.500 estações de voto, um aumento de 25%, a que se somam centro de votação em cinco países.
As urnas abrem às 07:00 de sábado (22:00 de sexta-feira, hora de Lisboa) e fecham às 15:00, hora local (06:00, hora de Lisboa).
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