Iémen. Rebeldes dizem-se abertos a dialogar mas num "país neutro"

Os rebeldes Huthis do Iémen declararam-se hoje dispostos a dialogar, mas "num país neutro", após o anúncio pelo Conselho de Cooperação do Golfo de um convite para tal na Arábia Saudita, líder de uma coligação militar contra eles.

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Lusa
16/03/2022 21:54 ‧ 16/03/2022 por Lusa

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Iémen

O grupo rebelde "dá as boas-vindas a qualquer diálogo com os países da coligação em qualquer país neutro, que não esteja a participar na agressão contra o Iémen, tanto se for do Conselho de Cooperação do Golfo como se não for", declarou uma "fonte oficial" Huthi citada a coberto do anonimato pela agência de notícias Saba, controlada por aquele movimento xiita.

"É ilógico, injusto e inaceitável que um Estado que promove a guerra e o injusto cerco ao povo iemenita convoque e organize o diálogo", acrescentou.

O grupo Huthi reagiu assim ao anúncio feito na terça-feira por responsáveis do Conselho de Cooperação do Golfo (CCG) de que iam convidar "nos próximos dias" todas as partes na guerra do Iémen para consultas em Riade.

O CCG é uma aliança política e económica que reúne os Emirados Árabes Unidos (EAU), o Qatar, o Kuwait, Omã e o Bahrein, além da Arábia Saudita, país em cuja capital tem sede e que dirige uma aliança internacional interventora na guerra civil no Iémen desde 2015 em apoio ao Governo internacionalmente reconhecido.

Riade, cuja aviação constantemente bombardeia alvos Huthis nas várias frentes do conflito iemenita, considera além disso os rebeldes, que contam com o apoio do Irão, uma organização terrorista.

A fonte oficial Huthi citada pela agência Saba reiterou igualmente a posição mantida pelo seu grupo de que "a prioridade" de quaisquer negociações de paz deve ser a questão humanitária e o levantamento do bloqueio imposto pela coligação árabe ao aeroporto de Sanaa e ao porto de Al-Hudeida, sob controlo dos rebeldes.

A guerra civil iemenita, que começou em 2014 quando os Huthis tomaram vastas parcelas de território do norte e oeste do país, incluindo a capital, é considerada pela ONU a maior tragédia humanitária do planeta.

Leia Também: Iémen. ONU "desapontada" por receber menos de um terço da ajuda pedida

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