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"Se o Ocidente continuar com a Ucrânia, a derrota de Putin é inevitável"
Ex-magnata do petróleo crítico do regime de Putin considera que a chave para travar o presidente russo é congelar toda a banca e o Ocidente continuar a apoiar os ucranianos.
© Reuters
Mundo Guerra na Ucrânia
O oligarca russo exilado Mikhail Khodorkovsky, que liderou a maior empresa privada de petróleo da Rússia, considera que é preciso congelar toda a banca na Rússia para parar Putin.
"Neste momento, Putin está claramente a sofrer uma derrota, mas ainda pode matar muita gente. Se o Ocidente continuar a apoiar a Ucrânia, a derrota será inevitável", afirma em declarações a Alex Marquardt, da CNN, sobre o conflito entre a Rússia e a Ucrânia e como o Ocidente pode ajudar a acabar com a guerra.
"Putin será sempre o inimigo da América, mas desde o início da guerra o seu poder foi reduzido significativamente", continua indicando que o sistema financeiro é a chave para travar a guerra. "O abalo sobre o sistema financeiro tem sido enorme e está a ser sentido, mas neste momento apenas 70% dos fluxos de caixa foram bloqueados, é preciso bloquear os restantes 30%. Se queremos parar Putin, não podemos ter exceções", acrescentou.
O oligarca considera ainda que "se queremos parar a guerra, então toda a banca e todas as contas bancárias têm de ser congeladas".
"Todos os bancários de Putin têm de ser bloqueados e sim, as pessoas terão problemas, mas estes problemas são incomparáveis com os problemas das pessoas que estão a ser mortas", concluiu.
Sobre as sanções aos oligarcas poderem levar a que Putin seja influenciado, Khodorkovsky acredita que não terão qualquer efeito porque estes homens são "apenas os lacaios de Putin, não podem influenciá-lo, mas ele pode usá-los como ferramenta para influenciar o Ocidente", apontou.
Mikhail Khodorkovsky é um forte crítico do Kremlin e do regime liderado por Vladimir Putin.
A invasão russa contra a Ucrânia já conta com 17 dias. Este sábado as forças russas encontram-se a cerca de 25 quilómetros da capital ucraniana, Kyiv, e teme-se que hoje seja o dia da invasão a Kyiv.
Leia Também: Kyiv continua a acreditar na ameaça de invasão pela Bielorrússia
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