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Chefe da Agência de Energia Atómica em Teerão para negociações

O chefe da Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA), Rafael Grossi, deverá reunir-se hoje, em Teerão, com responsáveis iranianos, no âmbito de conversações para tentar salvar o acordo de 2015 sobre o programa nuclear.

Chefe da Agência de Energia Atómica em Teerão para negociações
Notícias ao Minuto

06:10 - 05/03/22 por Lusa

Mundo Programa nuclear

O acordo entre o Irão, Alemanha, China, Estados Unidos, França, Reino Unido e Rússia pretendia impedir Teerão de fabricar uma bomba atómica, intenção que o país sempre negou.

"Viajo para Teerão para me encontrar com funcionários iranianos e discutir questões pendentes. O momento é crítico, mas um resultado positivo para todos é possível", disse Grossi, numa mensagem publicada na rede social Twitter, antes de partir para o Irão, na sexta-feira.

Entre os encontros previstos, Grossi deverá reunir-se com o chefe da Organização da Energia Atómica do Irão (AEOI), Mohamad Eslami, na capital iraniana, durante o dia, de acordo com um comunicado da organização.

A viagem de Grossi acontece depois de o responsável ter dito na quarta-feira que a AIEA "nunca desistiria" dos esforços para levar o Irão a esclarecer a presença de material nuclear em locais não declarados no seu território.

O Irão pede que a investigação da AIEA seja encerrada para chegar a um compromisso em Viena, onde decorrem também negociações, e salvar o acordo de 2015.

Grossi tem prevista uma conferência de imprensa no regresso a Viena, esta noite, de acordo com a AIEA.

Em Viena, o desafio é trazer Washington de volta ao acordo de 2015 e levar Teerão a respeitar os compromissos então assumidos.

O pacto permitiu o levantamento das sanções económicas internacionais contra o Irão em troca de limites restritos ao programa nuclear.

Mas, em 2018, sob a administração do ex-Presidente Donald Trump, os Estados Unidos retiraram-se do acordo e reintroduziram sanções, que estão a sufocar a economia iraniana.

Em resposta, o Irão manteve o desenvolvimento do programa nuclear, sem cumprir as restrições impostas pelo acordo estabelecido com os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU, mais a Alemanha.

Leia Também: Guterres acompanha com "preocupação" combates junto a central nuclear

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