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"Todos os indícios apontam para uma invasão à Ucrânia nos próximos dias"

Apesar de a Rússia ter demonstrado a intenção de retirar parte das suas tropas da fronteira com a Ucrânia, tal não se tem verificado e o risco de ataque continua "muito alto"

"Todos os indícios apontam para uma invasão à Ucrânia nos próximos dias"
Notícias ao Minuto

15:41 - 17/02/22 por Notícias ao Minuto com Lusa

Mundo Joe Biden

O presidente dos Estados Unidos Joe Biden alertou, esta quinta-feira de manhã, dia 17 de fevereiro, que "todos os indícios apontam para uma invasão [russa] à Ucrânia nos próximos dias". 

De acordo com o chefe de Estado americano, apesar de a Rússia ter demonstrado a intenção de retirar parte das suas tropas da fronteira com a Ucrânia, tal não se tem verificado e o risco de ataque continua "muito alto"

Em declarações à CNN, Biden explicou que os russos "não retiraram nenhuma das suas tropas" e "moveram mais tropas". "Temos razões para acreditar que eles estão envolvidos numa operação de bandeira falsa [operações conduzidas por governos de forma a aparentarem ser vítimas para justificar um avanço] para ter uma desculpa para entrar", acrescentou.

As movimentações russas dos últimos dois dias têm contrariado as alegações do Kremlin de que iriam retirar as suas tropas. Em vez disso, dizem as autoridades dos EUA, sete mil novos soldados russos deslocaram-se para perto da Ucrânia.

O presidente americano voltou ainda a vincar que acredita num ataque brevemente. "A minha sensação é que isso acontecerá nos próximos dias", disse Joe Biden voltando a apelar que ainda há solução diplomática para esta crise. 

Recorde-se que a tensão entre a Rússia e a Ucrânia tem vindo a escalar com o aumento das tropas russas, mais de 100 mil, junto da fronteira ucraniana.  

O conflito que se estendeu ao Ocidente

O Ocidente acusa a Rússia de ter concentrado mais de 100.000 tropas nas fronteiras da Ucrânia para invadir novamente o país vizinho, depois de ter anexado a península ucraniana da Crimeia em 2014.

A Rússia nega qualquer intenção bélica, mas exige que a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) retire as suas infraestruturas militares do leste da Europa. Moscovo exige também o fim da política de alargamento da NATO aos países do leste da Europa que fizeram parte da União Soviética (1922-1991), como a Ucrânia e a Geórgia.

A Ucrânia inscreveu o seu objetivo de aderir à NATO e à União Europeia (UE) na sua Constituição, através de uma emenda constitucional aprovada em 2019.

Relativamente à Ucrânia, a Rússia exige ao Ocidente uma garantia juridicamente válida de que o país vizinho nunca será membro da NATO.

Os aliados rejeitam as exigências russas e mantêm a política de porta aberta da NATO, bem como o respeito pelo direito de cada país de decidir as suas alianças militares.

Leia Também: Ucrânia: Biden e Scholz exigem à Rússia "medidas genuínas de desescalada"

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