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Venezuela: Minas antipessoais causaram a morte de 8 cidadãos este ano

O ministro da Defesa da Venezuela denunciou sexta-feira que oito pessoas morreram, desde janeiro, em território venezuelano, próximo da fronteira com a vizinha Colômbia, devido à detonação de minas antipessoais instaladas por grupos armados colombianos.

Venezuela: Minas antipessoais causaram a morte de 8 cidadãos este ano
Notícias ao Minuto

06:29 - 12/02/22 por Lusa

Mundo Ministro

"Infelizmente, na semana passada recebemos a notícia de oito mortes de pessoas, da população civil, que, entrando nas suas casas e viajando em motos, foram vítimas destes atos criminosos por parte destes terroristas", disse.

Vladimir Padrino López, falava no palácio presidencial de Miraflores, durante uma conferência de imprensa em que deu a conhecer um balanço da Operação Escudo Bolivariano 2022, realizado pelas Forças Armadas Bolivarianas da Venezuela (FANB) e divulgou um vídeo sobre o descobrimento de minas antipessoais.

"Têm pretendido 'colombianizar' a Venezuela, através de esquemas violentos, de gangues criminosas. A Venezuela é vítima de toda esta violência desencadeada" no vizinho país, explicou o ministro.

Valdimir Padrino López precisou que as operações militares têm decorrido no Estado venezuelano de Apure (sudoeste do país) e que as autoridades detiveram 56 criminosos, desde janeiro, desmantelaram 16 instalações que eram usadas "para fins logísticos, de preparação de artefactos elétricos, para manter pessoas sequestradas e para o processamento de drogas".

Explicou ainda foram também desativados engenhos explosivos nas escolas de Los Arenales (Apure), como parte das operações para conter e expulsar grupos de Terroristas Armados e Narcotraficantes Colombianos (Tancol), que querem usar os territórios locais como "rota para o abastecimento de narcóticos".

Vladimir Padrino López precisou que nos últimos anos foram "neutralizadas" 250 armas que eram usadas pelos narcotraficantes e que foram confiscados 3.600 munições e armas de distintos calibres, 1.200 quilogramas de cocaína e 800 quilogramas de marijuana, em acampamentos desmantelados pelas autoridades.

"Temos sido implacáveis na operação que tem sido um sucesso (...), que nos deu grandes resultados", disse o ministro felicitando as FANB, precisando que foram também confiscadas viaturas, equipamentos de comunicações e outros objetos.

O ministro explicou que "a Venezuela é um território livre de cultivos ilícitos de drogas" e que a Operação Escudo Bolivariano 2022 foi ativada a pedido do Presidente Nicolás Maduro para manter o país "livre de grupos criminosos".

"Reitero aos Tancol que não têm lugar na Venezuela. Apure é nosso, pertence aos venezuelanos e vamos defendê-lo com armas e amor até ao fim", frisou Vladimir Padrino López.

O ministro venezuelano sublinhou ainda que "o mundo deve estar consciente da dimensão do problema humanitário, político e social na Colômbia, neste momento, que merece a atenção de todos os organismos multilaterais nesse território, pelo seu povo e pelo impacto que representa para outros países".

Quinta-feira, o Procurador-geral da Venezuela, Tarek William Saab, anunciou que tinham sido detidos "35 integrantes" dos Tancol, no Estado venezuelano de Apure, que vão ser acusados de terrorismo, associação para cometer delito, tráfico de armas e contrabando.

O Governo venezuelano chama os grupos irregulares que atuam nas regiões fronteiriças com a Colômbia de Terroristas Armados e Narcotraficantes Colombianos (Tancol).

Em março de 2021 pelos menos 16 militares faleceram em confrontos com os Tancol, em Apure.

A ONG Fundaredes denunciou publicamente o ocorrido e acusou o Governo venezuelano de ter vínculos com os dissidentes das FARC.  

Em julho de 2021, o diretor da Fundaredes, Javier Tarazona, e dos companheiros foram detidos pelas autoridades venezuelanas quando acudiram ao Ministério Público a denunciar que estavam a ser perseguidos por funcionários da polícia, agentes do SEBIN (serviços de informação e pessoas sem identificar.

Estão acusados de terrorismo e instigação ao ódio.

Leia Também: Maduro pede pena máxima de prisão para funcionários públicos "bandidos"

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