O parlamento da Líbia anunciou esta segunda-feira que voltará a adiar o processo eleitoral e não haverá eleições legislativas este ano. O parlamento também afirmou que um novo primeiro-ministro interino será nomeado na quinta-feira, uma jogada política em confronto direto com o Governo de Unidade Nacional da Líbia (GNU).
O GNU foi criado com o apoio da Organização das Nações Unidas, há cerca de um ano, para apoiar a Líbia na série de crises graves que faliram o país - com destaque para a explosão catastrófica no porto de Beirute, que arrastou o país para uma crise política e financeira.
Segundo a Reuters, a decisão do parlamento oriental da Líbia poderá causar uma nova disputa pelo governo do frágil país, já que no dia 2 de fevereiro o GNU avisou que não sairia antes do final do mandato.
O parlamento aprovou ainda, esta segunda-feira, um plano político que visa reestruturar a declaração da constituição que existe desde a revolução de 2011 que depôs o ditador Muammar Khadafi, mas a adoção deste plano implica que não possa haver eleições durante os próximos 14 meses.
Do lado da ONU, as autoridades do GNU preferem a realização de eleições livres que resolvam a instabilidade política no país, em vez de voltar a debater uma longa fase transitória.
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