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Novo balanço eleva para 12.000 os barris de petróleo derramados no Peru

Cerca de 12.000 barris de petróleo bruto foram derramados na costa de Lima de um navio-tanque da companhia Repsol, segundo os dados, revistos em alta, divulgados pelo governo do Peru, que aponta para um desastre ambiental "sem precedentes".

Novo balanço eleva para 12.000 os barris de petróleo derramados no Peru
Notícias ao Minuto

06:28 - 29/01/22 por Lusa

Mundo repsol

"A nova estimativa é de 11.900 barris", salientou o vice-ministro do Ambiente, Alfredo Mamani, durante uma conferência de imprensa.

Os números atualizados superam em muito a previsão inicial de 6.000 barris, divulgados após o derrame que ocorreu em 15 de janeiro.

Na terça-feira, as autoridades revelaram que a costa do Peru tinha sido atingida por um novo derrame, quando trabalhadores da petrolífera espanhola Repsol estavam a investigar as causas do primeiro incidente.

As equipas especializadas já recuperaram até agora 4.225 barris, mas trata-se de uma mistura de água e petróleo que ainda não foi tratada.

Alfredo Mamani alertou ainda que estes números são os registados até quinta-feira e que "vão ser atualizados à medida que as ações de limpeza forem realizadas".

"Estes [números] são sobre os líquidos. Em terra foram recolhidos 16.258 metros cúbicos de areia, que está impregnada por uma quantidade de petróleo que terá de ser calculada posteriormente", realçou.

O ministro do Ambiente, Rubén Ramírez, frisou também durante a conferência de imprensa que o Peru está a "enfrentar um cenário sem precedentes" na sua história ambiental.

As autoridades nunca pensaram que ocorreria um evento como este, que poderia afetar tantos elementos naturais e gerar uma lacuna social, efeitos económicos e até morais, acrescentou.

O governante apontou ainda que "o Estado tem sido frontal e contundente no combate à crise ambiental" e que o trabalho que a empresa "não esta a fazer, está a ser feito".

O derrame afetou inicialmente três praias da costa de Lima e da província de Callao, mas espalhou-se posteriormente até às margens do porto de Chacay, a norte, atingindo 44 quilómetros em linha.

O ministro do Ambiente elogiou o trabalho realizado por especialistas e militares peruanos na área, mas também agradeceu o gesto de solidariedade de "nações irmãs" e das Nações Unidas, que enviaram uma equipa de especialistas para aconselhar o Peru diante do desastre ecológico.

Um tribunal do Peru determinou na sexta-feira a proibição, durante 18 meses, da saída do Peru de quatro responsáveis da refinaria de La Pampilla, incluindo o diretor-executivo da Repsol naquele país, Jaime Fernández-Cuesta, enquanto decorre a investigação sobre possíveis responsabilidades por crime de poluição ambiental.

Segundo a refinaria, o acidente, ocorrido a 15 de janeiro, foi provocado por uma violenta ondulação, na sequência da erupção de um vulcão em Tonga.

O navio-tanque 'Mare Doricum', de bandeira italiana, transportava 965.000 barris de petróleo bruto.

Leia Também: Costa do Peru atingida por 2.º derrame de petróleo em menos de 2 semanas

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