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Nyusi quer união entre os moçambicanos para vencer terrorismo

O Presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, disse hoje que o terrorismo só pode ser vencido através da união entre os moçambicanos, reiterando que não se pode permitir que "o mal" se espalhe pelo país.

Nyusi quer união entre os moçambicanos para vencer terrorismo
Notícias ao Minuto

14:22 - 19/01/22 por Lusa

Mundo Moçambique/Ataques

"O terrorismo já provou que é um inimigo que só pode ser vencido se houver união entre os moçambicanos e se todo o mundo se unir", disse Filipe Nyusi, durante a abertura do conselho coordenador do Ministério da Defesa, a decorrer durante quatro dias.

Para o chefe de Estado, a união de todos no combate ao terrorismo vai travar a possibilidade de os grupos insurgentes "penetrarem e prosperarem" nas suas incursões, lembrando que a combinação das forças conjuntas, da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e do Ruanda, tem sido "fundamental".

"Não podemos permitir que este mal se espalhe pelo país", referiu Nyusi, lançando um apelo para que todos contribuam para a pacificação do país.

O discurso do chefe de Estado moçambicano surge numa altura em que se registam sinais de alastramento da insurgência para a província do Niassa, vizinha de Cabo Delgado, com ataques esporádicos a pontos recônditos que já provocaram a fuga de cerca de 3.000 pessoas nestes locais, segundos os últimos dados das autoridades.

Face às ameaças, Filipe Nyusi exigiu que o setor da defesa seja "mais proativo", antecipando medidas de combate, analisando cenários, suas ligações e manifestações, além de manter o respeito pelos direitos humanos.

"Queremos propostas de ações claras e concisas sobre os caminhos que o setor da defesa nacional deve trilhar para a execução eficaz e eficiente das tarefas a si atribuídas", frisou o Presidente moçambicano.

A província de Cabo Delgado é rica em gás natural, mas aterrorizada desde 2017 por rebeldes armados, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo extremista Estado Islâmico.

O conflito já provocou mais de 3.100 mortes, segundo o projeto de registo de conflitos ACLED, e mais de 817 mil deslocados, de acordo com as autoridades moçambicanas.

Desde julho, uma ofensiva das tropas governamentais com o apoio do Ruanda a que se juntou depois a SADC permitiu aumentar a segurança, recuperando várias zonas onde havia presença de rebeldes, mas o conflito continua em vários distritos e tem atingido a província vizinha do Niassa.

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