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Iranianos em funerais de "250 mártires" da guerra contra o Iraque

Milhares de pessoas prestaram hoje homenagem a "250 mártires desconhecidos" da guerra Irão-Iraque (1980-1988) em Teerão e várias outras grandes cidades do país, em cerimónias fúnebres a que assistiram altos responsáveis iranianos.

Iranianos em funerais de "250 mártires" da guerra contra o Iraque
Notícias ao Minuto

16:34 - 06/01/22 por Lusa

Mundo Irão

Desde o fim da guerra Irão-Iraque, há mais de 30 anos, Teerão organiza regularmente funerais para soldados cujos restos mortais vão sendo restituídos pelo Iraque ou descobertos nas zonas dos combates, que decorreram principalmente em território iraniano.

No centro da capital, uma multidão concentrou-se desde o início da manhã em frente à Universidade de Teerão, na rua Enghelab (Revolução, em persa), para celebrar os combatentes iranianos, noticiou a agência francesa AFP no local.

A televisão estatal transmitiu a cerimónia de várias horas em direto a partir de muitas cidades, entre as quais Ispahan (centro), Chiraz (sul), Machhad (nordeste), Tabriz (noroeste), Sari (norte) e Buchehr (sudoeste).

O Presidente iraniano, Ebrahim Raïssi, e outros altos responsáveis do país, como o diretor da Autoridade Judicial, Gholamhossein Mohseni Ejeï, e o presidente do parlamento, Mohammad Bagher Ghalibaf, participaram nos funerais realizados na capital.

O líder supremo, o ayatollah Ali Khamenei, assinalou "o sacrifício desses mártires desconhecidos" e elogiou "a espera dos pais, mães e mulheres" cujos familiares permanecem em paradeiro desconhecido, numa curta mensagem divulgada no seu portal da internet.

Num dia de frio invernal em Teerão, a multidão seguiu atrás de uma dezena de camiões que transportavam as urnas, cobertas com bandeiras iranianas, contendo os restos mortais desses combatentes.

"O meu irmão foi dado como desaparecido na região do Curdistão há 39 anos", disse Ozra, uma professora reformada, visivelmente comovida.

"Ainda sofremos com a perda destes mártires e a de Haj Qassem [Soleimani], porque eles foram todos para a frente [de combate] de coração nas mãos", sustentou Ali Asghar, funcionário público reformado, referindo-se ao poderoso general iraniano assassinado no início de 2020 no Iraque num ataque aéreo norte-americano.

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