O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o seu homólogo da Rússia, Vladimir Putin, passaram esta quinta-feira perto de uma hora (50 minutos) ao telefone.
O telefonema aconteceu a pedido de Vladimir Putin, segundo um alto funcionário do executivo de Joe Biden, e surgiu horas depois de um avião da Força Aérea dos Estados Unidos ter sobrevoado a Ucrânia para vigiar as movimentações russas na fronteira.
A chamada começou às 15h35 (20h35 na hora de Portugal continental) tendo Biden falado com o seu homólogo no seu escritório em Delaware. Segundo o Kremlin, Putin ficou "satisfeito" com a conversa "franca" e "objetiva" com Joe Biden.
O Presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou o homólogo russo, durante uma conversa telefónica, que Washington responderá "determinadamente" a qualquer invasão da Ucrânia pela Rússia, enquanto Vladimir Putin frisou que sanções contra Moscovo serão um "erro colossal".
Antes da chamada, a Casa Branca disse que Biden deixaria claro que um caminho diplomático permanecia aberto para resolver as tensões, mas que agiria caso a Rússia invadisse a Ucrânia.
Recorde-se que a Rússia é contra a admissão da Ucrânia na NATO e já manifestou expressamente essa posição. A tensão tem sido crescente e o aumento de tropas russas na fronteira aumenta o alerta dos Estados Unidos e não só.
Esta será a segunda conversa telefónica entre os dois líderes em menos de um mês. No início de dezembro, Joe Biden ameaçou Vladimir Putin com sanções "como nunca viu", em caso de ataque à Ucrânia.
A conversa acontece duas semanas antes das negociações entre os dois países, agendadas para 10 de janeiro, em Genebra, sobre tratados de controlo de armas nucleares e sobre a situação na fronteira russo-ucraniana, onde o Ocidente acusa Moscovo de reunir tropas para um possível ataque.
A administração Biden continua a consultar os seus "aliados e parceiros europeus" em resposta à "acumulação de militares da Rússia na fronteira com a Ucrânia", disse a porta-voz do Conselho de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Emily Horne, no comunicado em que anunciou o telefonema entre os dois chefes de Estado.
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