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Capacetes azuis encorajados a participar na luta contra tráfico de armas

O Conselho de Segurança da ONU, por iniciativa do México, adotou hoje uma resolução incentivando os capacetes azuis a participarem na luta contra o tráfico de armas ligeiras e no controlo dos embargos.

Capacetes azuis encorajados a participar na luta contra tráfico de armas
Notícias ao Minuto

23:52 - 22/12/21 por Lusa

Mundo ONU

A medida teve a oposição da Rússia, da índia e da China.

Estes três países abstiveram-se. A resolução, apoiada por 70 dos 193 membros des Nações Unidas, foi adotada por 12 dos 15 membros do Conselho de Segurança.

O texto pede para se estudar, durante as renovações de mandatos, "como as operações de paz podem ajudar as autoridades nacionais competentes a combaterem o tráfico e a posse ilícita de armas, em violação dos embargos sobre armas".

Encorajam-se também as missões de paz "a reforçarem a capacidade das autoridades do país anfitrião, a seu pedido, em matéria de recolha de dados e de formação para lutarem contra o tráfico de armas e de munições".

"O objetivo é parar a detenção de armas que alimentam os conflitos e reforçar, por outro lado, a ordem jurídica internacional, o diálogo político e a negociação entre as partes", declarou o embaixador do México na ONU, Juan Ramon de la Fuente Ramirez.

Para a Rússia, detentora de direito de veto no Conselho, mas que não o usou, "meter todos os embargos sobre as armas no mesmo saco (...) não tem valor acrescentado e compromete o trabalho do Conselho de Segurança" na resolução de conflitos, declarou o embaixador russo adjunto na ONU, Dmitry Polyanskiy.

A China também criticou "uma abordagem única", abrangendo todas as operações de paz e embargos sobre armas, enquanto a Índia alegou ser "um dos mais importantes contribuidores de tropas em operações de paz".

"As operações de paz da ONU não devem ser usadas como um veículo para adotar embargos sobre as armas. Isso não só significará um aumento significativo do seu mandato atual, como afetará também a sua eficácia operacional e poderá mesmo, eventualmente, colocar os soldados da paz em perigo", disse Madhu Sudan, da missão diplomática indiana.

O embaixador do Níger, Abdou Abarry, lamentou que a resolução não aborde "a génese do problema", a produção, a venda e a compra de armas ilicitamente.

"O Conselho deve ter um dia a coragem de enfrentar esta questão", desafiou. "já é tempo de os interesses económicos de alguns fabricantes de armas caírem, face à necessidade imperiosa de salvar vidas humanas", reclamou.

A ONU conta atualmente com cerca de 100.000 capacetes azuis em 20 operações de paz espalhadas pelo mundo.

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