Comunidade Económica da África Ocidental exige eleições na Guiné-Conacri

A Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) manteve hoje a exigência de eleições nos próximos meses na Guiné-Conacri, palco de um golpe militar em setembro, e exigem um cronograma para o retorno dos civis ao poder.

Guiné-Bissau/ Eleições: CEDEAO felicita Umaro Sissoco Embaló e espera tomada de posse rapidamente

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Lusa
13/12/2021 20:43 ‧ 13/12/2021 por Lusa

Mundo

Guiné

A exigência consta de um comunicado divulgado hoje e saído da cimeira de chefes de Estado e de Governo da CEDEAO, realizada domingo em Abuja, Nigéria.

Segundo a nota, os líderes dos 15 Estados-membros da organização dizem estar "muito preocupados com o facto de que, mais de três meses após o golpe, um cronograma para o regresso à ordem constitucional ainda não foi publicado".

Os 15 insistem "na necessidade de se respeitar o prazo de seis meses previamente decidido (pela CEDEAO) para a realização das eleições" e "pressionam" as autoridades de Conacri a apresentarem rapidamente um calendário neste sentido, lê-se no comunicado.

A CEDEAO mantém a suspensão da Guiné-Conacri das instituições da organização, bem como as sanções impostas aos membros da junta.

Desde o golpe militar que derrubou o Presidente Alpha Condé em 05 de setembro, o coronel Mamady Doumbouya foi nomeado Presidente de transição e foi formado um governo, liderado por um civil.

O coronel Doumbouya prometeu devolver o poder aos civis após as eleições, mas continua a recusar respeitar a exigência de um prazo para organizar o escrutínio.

A data deverá ser definida por um Conselho Nacional, em fase formação e que ainda está a ser constituído.

As atuais autoridades guineenses disseram à CEDEAO que o Conselho Nacional deverá estar constituído no final de dezembro, relata a organização regional.

No comunicado, a CEDEAO congratula-se com o facto de o Presidente deposto ter podido regressar "livremente" à sua residência.

Alfa Condé, de 83 anos, governou o país por quase 11 anos, e na sequência do golpe foi mantido incomunicável ao longo de 12 semanas, até que a junta milita no poder o autorizou a juntar-se à mulher na sua residência, nos subúrbios de Conacri.

A imprensa guineense informa que Condé está em prisão domiciliária.

Leia Também: Dívida pública da Guiné-Bissau é a mais alta da UEMOA

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