A indiana Harnaaz Sandhu, de 21 anos, foi coroada este domingo Miss Universo 2021, num concurso que esteve envolto em polémica por ser realizado em Israel.
É a terceira vez que a Índia é distinguida com o primeiro lugar nesta competição de beleza, que celebrou este ano, o seu 70.º aniversário. Passaram 21 anos desde a última vez que aconteceu. Em 2000, foi a indiana Lara Dutta que conquistou o título.
Harnaaz Sandhu foi coroada pela antecessora Andrea Meza, do México, que venceu o concurso em 2020. No seu discurso de vitória agradeceu ao “Todo-Poderoso”, assim como aos pais e à Organização Miss Índia.
A jovem vencedora é natural da cidade de Chandigarh e é muito conhecida na Índia não só por ser atriz como também pela luta pelos direitos das mulheres, principalmente, no que diz respeito ao acesso à educação. Hoje em dia frequenta um mestrado em Administração Pública.
Em segundo lugar ficou Nadia Ferreira, do Paraguai, e em terceiro a sul-africana Lalela Mswane.
A gala deste domingo, que se realizou no horário nobre dos EUA, madrugada em Portugal continental, teve lugar no estádio Universe Arena, construído de propósito para o evento na cidade de Eilat.
Concurso envolto em polémica
Poucos dias antes da nomeação de Harnaaz Sandhu, o concurso esteve envolto em controvérsia. Um movimento de boicote liderado por palestinianos exortou as concorrentes a desistirem do prémio, em protesto contra o tratamento de Israel.
“Instamos todas as participantes a retirarem-se para evitar serem cúmplices do regime de aparthaid de Israel e a violação dos direitos humanos na Palestina”, declarou a já conhecida Campanha Palestiniana pelo Boicote Académico e Cultural de Israel.
Indonésia e Malásia, nações que não têm relações diplomáticas com Israel, desistiram de enviar as suas misses para o concurso. Apesar disso, as organizações justificaram a ausência com a situação pandémica atual e não com o boicote. Já os Emirados Árabes Unidos garantiram que não tiveram tempo para escolher a vencedora nacional.
A África do Sul, que é apoiante da causa palestiniana, retirou o apoio à representante, Lalela Mswane, que acabou por ficar em terceiro lugar.
Entretanto, a miss Israel, Noa Cochva, declarou que o concurso Miss Universo não deve ser sobre política.
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