"As nossas forças foram destacadas para proteger as plantações de al-Fashaqa al-Soghra, na área de Baraket Noreen, onde foram atacadas por grupos e milícias pertencentes ao exército etíope", referiram, num comunicado, as forças armadas sudanesas, citadas pela agência noticiosa oficial local SUNA.
Segundo o comunicado, o ataque de sábado "visa intimidar os agricultores, sabotar a colheita e fazer incursões" na área em disputa.
O exército sudanês reivindicou que as suas forças repeliram o ataque, causando "muitas perdas humanas e materiais nas fileiras dos atacantes", assumindo também que as Forças Armadas do país sofreram igualmente baixas nas suas fileiras, sem avançar um número preciso de mortos em ambos os lados.
A zona de al-Fashaqa, no sudeste da província sudanesa de Qadarif, é uma área disputada entre Cartum e Adis Abeba, onde ocorrem confrontos esporádicos entre militares e agricultores de ambos os países sobre a exploração dessas terras férteis e abundantes em recursos hídricos.
Os confrontos intensificaram-se em 2020 com a guerra entre o Governo federal da Etiópia e as autoridades da província de Tigray, de onde dezenas de milhares de etíopes fugiram para se refugiar no leste do Sudão.
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