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Sudão. Políticos detidos desde 25 de outubro iniciam hoje greve de fome

Os políticos sudaneses ainda detidos, na sequência do golpe de Estado militar, começaram hoje uma greve de fome em forma de protesto, enquanto alguns começaram a ser libertados esta semana, anunciou o partido do Congresso Sudanês.

Sudão. Políticos detidos desde 25 de outubro iniciam hoje greve de fome
Notícias ao Minuto

17:55 - 26/11/21 por Lusa

Mundo Sudão

"Os presos políticos, que se encontram detidos nas celas das forças de segurança, iniciaram hoje uma greve de fome indefinida", declarou o partido, que faz parte da plataforma da oposição Forças pela Liberdade e Mudança, na sua página oficial no Facebook.

O grupo político afirmou que as razões da greve são "a continuação da sua detenção arbitrária desde 25 de outubro e a privação dos seus direitos legais mais básicos".

Entre os detidos encontram-se o ministro dos Assuntos de Gabinete do Governo, que foi dissolvido pelos militares, Khaled Omar Yousef, e o secretário do partido, Sherif Mohamed.

O partido também denunciou que muitas detenções de membros de grupos políticos e aos chamados comités de resistência, uma organização de base, estão "por explicar".

Entretanto, uma estação de rádio oficial sudanesa informou hoje que o antigo conselheiro do primeiro-ministro Fayez al Silik, e um antigo governador, juntamente com três ativistas e líderes políticos, foram libertados na quinta-feira.

As libertações ocorreram depois de o chefe das Forças Armadas, general Abdel-Fattah al-Burhan, ter assinado um acordo político com o primeiro-ministro, Abdullah Hamdok, no domingo para o regresso deste último ao cargo, após o golpe em que o seu Governo foi dissolvido.

Entre as condições do acordo está a libertação de todos aqueles que foram presos durante o golpe, uma exigência que ainda não foi totalmente satisfeita pelas autoridades militares.

Em 25 de outubro, após a detenção do próprio Hamdok, al-Burhan declarou o estado de emergência e dissolveu os órgãos criados para a transição democrática no Sudão após o fim do regime de Omar al-Bashir em 2019.

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