A bomba que explodiu no exterior do Hospital Feminino de Liverpool não detonou corretamente e poderá ter explodido "de forma totalmente não intencional", disse a polícia.
Emad al-Swealmeen, de 32 anos, tirou apenas a própria vida na explosão que deixou o táxi em que viajava em chamas. Russ Jackson, chefe da Polícia de Contraterrorismo do Noroeste, referiu que o dispositivo tinha esferas metálicas que teriam atuado como estilhaços mortais caso tivesse tudo funcionado como pretendido.
“Se tivesse detonado em circunstâncias diferentes, acreditamos que teria causado ferimentos significativos ou morte”, explicou citado pelo Independent, acrescentando: “Ainda não sabemos como ou por que é que o dispositivo explodiu quando explodiu, mas não estamos a descartar a hipótese de que tenha sido sem intenção, sendo também uma possibilidade que o movimento do veículo ou a forma como parou possa ter provocado a detonação”.
O responsável disse que o dispositivo era diferente daquele usado no atentado ao Manchester Arena em 2017 e que vitimou 22 pessoas. Os investigadores estão a trabalhar para perceber como é que os produtos químicos e componentes necessários para a bomba foram obtidos.
As compras "duraram muitos meses e al-Swealmeen usou muitos nomes", elaborou, admitindo estarem "confiantes de que com o tempo teremos uma imagem mais completa" das compras e de se mais alguém tinha conhecimento do que estava a planear.
Recorde-se que a polícia ainda não confirmou as motivações do homem, mas creem que al-Swealmeen agiu sozinho nesta fase. Converteu-se ao cristianismo em 2015, mas também foi relatado que frequentou recentemente uma mesquita.
O autor do ataque acabou por ser a única vítima mortal da explosão, depois de o taxista que o levava até ao local se ter apercebido de que este tinha explosivos consigo, tendo abandonado a viatura, trancando-o no interior.
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